O último reforço do Flamengo causou sensação no mercado da bola. Duduzinho, jovem promessa de apenas doze anos, foi anunciado com pompa e circunstância. Aliás, para os padrões atuais do futebol brasileiro, já é considerado um veterano.
Na coletiva de imprensa, o garoto apareceu com sua mãe, que respondeu todas as perguntas enquanto ele, de fones de ouvido, jogava Roblox no celular. O empresário, ao seu lado, comentava sua provável transferência para o Bayern de Munique, por 50 milhões de euros, daqui a um ano. "Ele ainda não terminou a oitava série, mas já tem um chute incrível", justificou o agente, enquanto mostrava vídeos do garoto fazendo embaixadinhas em trends do TikTok.
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No Palmeiras, a situação é ainda mais ousada. O técnico anunciou ontem que o meio-campista Júnior, de oito anos, será titular no Brasileirão. "Ele tem ótimo posicionamento, visão de jogo e só faz manha quando está com fome ou sono", explicou o treinador. A comissão técnica já adaptou o vestiário com estações de videogame e a concentração agora conta com monitores do Programa Semear.
Os clubes já perceberam a tendência e estão se adaptando rapidamente. O Santos, famoso por sua base, agora mantém olheiros em maternidades. "Detectamos novos talentos pela força com que chutam as enfermeiras durante o teste do pezinho", explicou o coordenador da base. A nova categoria sub-5 já está em funcionamento, embora os treinos sejam sempre interrompidos para o horário da sonequinha.
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O Corinthians inovou e anunciou um acordo inédito com uma rede de fertilização in vitro. "Queremos selecionar os melhores genes para criar os craques do futuro", declarou o presidente do clube. Já há rumores de que o primeiro bebê de proveta corintiano está sendo negociado com o Manchester City antes mesmo de nascer.
Os patrocinadores, claro, entraram na onda. A Nike lançou a linha de chuteiras Patrulha Canina para a nova geração. Uma grande fabricante de fraldas deve ser a nova fornecedora oficial de fraldas personalizadas dos clubes. E o VAR agora conta com uma opção especial que analisa se o jogador está impedido ou apenas engatinhando na direção errada.
Os preparadores físicos viraram especialistas em desenvolvimento infantil. "Trocamos os treinos de musculação por sessões de pega-pega e pula-pirata para desenvolver a agilidade", explicou um deles. As preleções táticas são feitas com fantoches e paródias de músicas da Galinha Pintadinha.
A CBF, por seu lado, já estuda mudanças no regulamento dos campeonatos. As partidas terão dois tempos de 15 minutos, com pausa obrigatória para merenda. Cartões amarelos serão substituídos por "tempo para pensar no que você fez", e expulsões por "fica sem sobremesa".
O futuro promete. Logo, os olheiros analisarão ultrassonografias em busca do próximo fenômeno. "Viu o petardo que ele deu na barriga da mãe? Esse tem futuro!", exclamarão entusiasmados na sala de espera da maternidade. O contrato de 25 anos já estará pronto para ser assinado assim que o bebê aprender a segurar uma caneta.
E nós, torcedores? Bom, é melhor já ir chorando como bebês.
