Atualmente no ar com a novela “Elas por Elas”, na TV Globo, o ator Mateus Solano, que é judeu, resolveu usar suas redes sociais para declarar que não apoia Israel no conflito sangrento contra a Palestina.
“Sou contra o terrorismo de onde quer que ele venha, e acho que Israel e os judeus pelo mundo deviam estar na busca por soluções pacíficas, dispostos mais a ceder e a dialogar do que a ditar soluções e marcar terreno”, postou Solano.
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“Tenho sido muito pressionando a me posicionar. Como judeu, vou a sinagoga em determinadas datas e tenho orgulho de fazer parte de um povo sobrevivente, tão perseguido há milênios. Mas não sou absolutamente a favor de como Israel vem se portando em relação ao conflito”, acrescentou.
Em relação ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ator foi contundente: “Ele não me representa nem a nenhum outro judeu que quer a paz”.
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Leia a íntegra do desabafo de Mateus Solano:
“Como judeu tenho sido muito pressionando a me posicionar na questão Israel - Palestina. Mas a questão é muito mais complexa do que qualquer conclusão que eu venha a tomar e, portanto, não venho aqui para concluir nada. Sou a favor do diálogo e da paz. Como judeu vou a sinagoga em determinadas datas e tenho orgulho de fazer parte de um povo sobrevivente, tão perseguido há milênios. Um povo que segue estudando a Torá e a sabedoria oculta que o Livro não para de ensinar.
Mas não sou absolutamente a favor de como Israel vem se portando em relação ao conflito. Há algumas semanas participei de um vídeo em que eu dizia ser contra o terrorismo. Quero esclarecer que sou contra o terrorismo de onde quer que ele venha e acho que Israel e os judeus pelo mundo deviam estar à frente na busca por soluções pacíficas, disposto mais a ceder e a dialogar do que a ditar soluções e marcar terreno (afinal hoje o judeu ocupa altíssimos escalões em todas as esferas do mundo ocidental).
O presidente Benjamin Netanyahu NÃO ME REPRESENTA e nem a nenhum outro judeu que quer a paz.
Sonho com o dia em que o judeu defenda a paz acima da necessidade de um território, que entenda que “Israel” está onde quer que estivermos e que a força deste povo vem de dentro das convicções hospitaleiras que aprendemos com a Torá”.