O candidato conservador do bloco União Democrata-Cristã e União Social Cristã (CDU/CSU) para chanceler, Friedrich Merz, foi declarado o vencedor das eleições parlamentares realizadas neste domingo (23) na Alemanha.
"Agora tentarei formar um governo que represente toda a república e que enfrentará os problemas do país", disse ele, depois de as projeções apontarem para uma vitória da sua coalizão, com 28,5% dos votos, seguida pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 20,6%, e o Partido Social-Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, com 16,5%.
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Scholz reconheceu a "derrota eleitoral" e descreveu o desempenho de seu partido como um "resultado eleitoral amargo". Já o candidato do Partido Verde, Robert Habeck, definiu a projeção de 13% para sua legenda como "respeitável", argumentando que os Verdes "não entraram em colapso".
Extrema direita fora
Embora, no debate pós-eleitoral, a líder da AfD, Alice Weidel, tenha afirmado que seu partido está preparado para entrar em um governo de coalizão, Merz rejeitou a proposta.
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"Eles terão que explicar aos seus eleitores como implementarão essas promessas enquanto trabalham com partidos de esquerda. Se formarem um governo com o SPD e os Verdes, então o chanceler interino Merz não durará quatro anos", aposta Weidel.
Ainda que o SPD tenha tido um dos piores resultados de sua trajetória, Olaf Scholz não anunciou sua renúncia e se mostrou disponível para entrar em negociações com a CDU. Os Verdes também mostraram disposição para entrar nas negociações, apesar de ressaltarem suas diferenças ideológicas com os conservadores.