EUROPA

Eleições na Alemanha: CDU barra extrema direita, que cresce, afirma boca de urna

Pesquisas acertam, com derrota histórica para a centro-esquerda, que fica em terceiro lugar pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial

Friedrich Merz, provável próximo chanceler alemãoCréditos: Steffen Prößdorf
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A União Democrata-Cristã (CDU) lidera as eleições alemãs deste domingo (25), segundo projeções de boca-de-urna, com 28,5% dos votos.

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aparece em segundo, com 20%, consolidando seu avanço como segunda força política, confirmando o resultado das pesquisas eleitorais que antecederam o pleito.

A eleição foi marcada por uma participação recorde de eleitores, em um avanço histórico na comparação com 2021, quando 76% dos eleitores compareceram às urnas.

O Partido Social-Democrata (SPD), em terceiro, registra 16,5% —  em seu pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial —, os Verdes garantiram 12%, enquanto A Esquerda (Die Linke) surpreende com 9%, dobrando o resultado das últimas eleições. FDP (liberais) e BSW (esquerda) obtiveram menos de 5%, e devem ficar de fora do parlamento pelo sistema representativa.

A vitória da CDU, liderada por Friedrich Merz, não garante governabilidade, dada a fragmentação do Parlamento. O SPD, que deve aceitar se coalizar com a CDU, mais um terceiro partido, provavelmente os Verdes, ainda devem entrar na coalizão. O Die Linke emerge como voz crítica tanto à austeridade econômica quanto ao discurso xenófobo da AfD.

A projeção de assentos no parlamento mostra que o CDU ficará 211 cadeiras, enquando a AfD terá 142, seguidos de SPD (116), Verdes (98), a Esquerda (62). Para chegar à maioria de 315, seria necessária uma coalizão simples com o SPD.

As informações são da emissora pan-europeia Euronews.

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