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Asteroide 2024 YR4: chances de impacto com a Terra diminuem; entenda os motivos

Probabilidade de colisão, que era de 3,1% para dezembro de 2032, foi reduzida para apenas 0,28%, ou cerca de 1 chance em 360

Créditos: Nasa
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O asteroide 2024 YR4, descoberto no final de 2024, gerou preocupação após cálculos terem sugerido que ele tinha 3,1% de chance de atingir a Terra em dezembro de 2032. No entanto, essa probabilidade foi reduzida para apenas 0,28%, ou cerca de 1 chance em 360.

A Nasa fez o novo anúncio na quinta-feira (20), após a probabilidade de impacto já ter caído na quarta-feira (19) para 1,5%.

Classificado como nível 3 na escala de risco de impacto de Torino, índice mais elevado dado a qualquer asteroide há muitos anos,. a escala classifica potenciais ameaças indo de 0 (nenhum perigo) a 10 (impacto certo). E um objeto de nível 3, embora possa não aparecer, é digno de atenção.

“As equipes de defesa planetária da Nasa continuarão monitorando o asteroide para melhorar nossas previsões da trajetória do asteroide”, disse a agência. Segundo os cálculos, os novos dados aumentam as chances de um impacto do asteroide não com a Terra, mas com a Lua, com a probabilidade subindo para 1%.

As razões de tanta incerteza

O 2024 YR4 chamou a atenção dos astrônomos em 31 de dezembro de 2024, quando subiu de posição na lista de risco automatizada Sentry (Sentinela), da Nasa, um sistema de monitoramento desenvolvido para buscar asteroides que no futuro possam colidir com o planeta. 

O engenheiro da Catalina Sky Survey e caçador de asteroides David Rankin, em entrevista ao site Space, minimizou os riscos de colisão. "As pessoas não devem se preocupar com isso ainda", apontou à época. "A probabilidade de impacto ainda é muito baixa, e o resultado mais provável será ele se aproximando e não nos atingindo."

"É importante ter em mente que sua órbita ainda é muito incerta para saber se ele vai atingir, e agora, o resultado mais provável é um erro", afirmou. "Essa estimativa do corredor de impacto acabará ficando obsoleta com novas observações e melhores cálculos de órbita."

Em resumo, prever o caminho de um asteroide requer tempo e observações repetidas. A imagem mostra a posição exata naquele momento, mas não revela sua trajetória, somente múltiplas observações podem, com mais precisão, determinar seu curso futuro.

 

 

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