IDENTITARISMO ATRASADO

Leila Pereira não é Joana Darc e nem Pasionária

Presidente do Palmeiras tem muitas qualidades e não precisa ser incensada como a Salvadora

Dolores Ibárruri, líder da resistência contra Franco.Créditos: Reprodução Wikipedia
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Sou de esquerda. Sempre voto na esquerda. E um voto, pelo menos, é para mulher. Na última eleição, votei em Juliana Cardoso e Leci Brandão.

O fato de votar em mulheres de esquerda é porque, prioritariamente, são de esquerda e não por serem mulheres.

Não gosto de voto identitário. Ele não é ideológico. Carla Zambelli é mulher, Tabata Amaral é mulher, Thammy é homem trans e Mara Gabrilli é PCD. Nunca terão meu voto.

Chegamos, então, a Leila Pereira.

Mulher.

Presidente do Palmeiras.

Muito competente.

Cuida do clube com toda dedicação, não se submete a desejos de jogadores. O caso Dudu foi um exemplo.

Não está bom? Não é suficiente?

Não para a "intelligentzia" futebolística.

Para eles, Leila seria uma revolucionária feminista, perseguida por machos prontos a queimá-la no fogo da Inquisição. Uma Pasionária pronta a dizer "No Pasarán" no país do machista repugnante. Sim, aquele que mais fez pelas mulheres.

Mas, como o futebol feminino é tratado por Leila? Onde jogam, onde treinam?

Quantas mulheres conselheiras tem o Palmeiras? Quantas estão na chapa de Leila?

Gosto de Leila. O Palmeiras está em boas mãos. O resto é identitarismo que consegue ver revolução no rentismo.

 

 

 

 

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