Nesta segunda-feira (23), o Irã iniciou sua operação de retaliação contra os Estados Unidos com um ataque à base aérea de Al-Udeid, no Catar, principal centro de operações militares americanas no Oriente Médio.
O ataque ocorre em meio ao crescente conflito entre Teerã e Washington, que se intensificou após o bombardeio de instalações nucleares pela Força Aérea dos EUA no último sábado (21).
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O que é a base de Al-Udeid?
Localizada a sudoeste de Doha, a Base Aérea Al-Udeid é a maior instalação militar dos EUA na região, abrigando cerca de 10 mil soldados americanos, além de tropas britânicas e de outras nações aliadas.
A base opera como o quartel-general do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM) e é essencial para missões de inteligência, logística e operações aéreas no Oriente Médio.
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Infraestrutura e importância estratégica
- Pista de pouso: Com 3.750 metros de extensão, a base suporta aeronaves de grande porte, como bombardeiros B-52 e caças F-35.
- Aviões estacionados: Mais de 100 aeronaves, incluindo drones de reconhecimento e aviões-tanque para reabastecimento em voo.
- Papel em conflitos: Foi crucial durante as guerras do Iraque, na Síria e Afeganistão
O Catar investiu US$ 8 bilhões na modernização da base, consolidando sua posição como aliado-chave dos EUA na região.
Por que o Irã atacou Al-Udeid?
O ataque faz parte da resposta iraniana às ações americanas no Oriente Médio, incluindo supostos ataques a milícias pró-Irã no Iraque.
Fontes israelenses também relataram bombardeios a uma base dos EUA no Iraque, reforçando a tese de uma retaliação coordenada.
O Catar, que mantém relações tanto com o Ocidente quanto com o Irã, agora enfrenta um dilema diplomático. O fechamento temporário do espaço aéreo catari após o ataque demonstra a gravidade da situação.
Os Estados Unidos mantêm presença militar em pelo menos 19 bases no Oriente Médio, com cerca de 40 mil soldados e civis ativos na região. Essas bases estão distribuídas em países como Catar, Bahrein, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Arábia Saudita, Jordânia e Egito