O presidente da SAF do Botafogo, John Textor, não gostou nada de declarações da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e contratou ninguém menos do que o promotor do caso Fifagate Paul Tuchmann para processá-la.
Leila criticou um relatório enviado por Textor com documentos que comprovariam armações no futebol brasileiro.
O relatório reforça o que temos falado nos últimos meses sobre o sr. John Textor. Trata-se de um irresponsável que precisa ser punido exemplarmente pelos crimes que tem cometido contra pessoas, clubes e entidades. Estas denúncias mentirosas, feitas mediante a apresentação de provas forjadas, somente prejudicam a credibilidade do futebol brasileiro - disse Leila Pereira.
Mas não são apenas os clubes que estão se defendendo das acusações de Textor. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, entrou com uma queixa-crime contra o dirigente por calúnia e difamação no 9º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro. A entidade também estuda processá-lo no STJD.
De acordo com o artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, as penas de Textor no STJD – caso condenado – podem variar de 90 dias a um ano de suspensão, além de multa que pode chegar a R$ 100 mil. Além disso, por conta das inúmeras reincidências em fazer as denúncias sem apresentar provas, pode até ser banido do futebol.
É o que disse, por exemplo, o advogado Andrei Kampff, ao Uol: “O fato é que se ele não apresentar essas provas que ele entende como irrefutáveis, aí a punição vai vir e vai vir pesada. Não só na Justiça Desportiva, existe um caminho na Justiça Criminal, uma queixa-crime por difamação, o Palmeiras, o São Paulo já se manifestaram. Essa queixa-crime é de iniciativa privada, os clubes podem se manifestar, o juiz pode tentar uma conciliação. Se não há conciliação e o juiz entende que o clube realmente foi ofendido, que há uma difamação, abre-se um processo e o Textor pode ser condenado também na Justiça comum”.
Textor contra Leila
O bilionário John Textor não gostou das declarações da presidente do Palmeiras e decidiu jogar pesado na Justiça contra Leila Pereira.
"Eu acho que ela cruzou a linha, com base nas leis dos Estados Unidos. Há uma ordem executiva do presidente Biden, de dezembro de 2023, um estatuto anticorrupção, que diz que se as pessoas impedirem o progresso de uma investigação de corrupção, se obstruírem uma investigação de corrupção seus vistos podem ser retirados e elas perderão o direito de entrar nos EUA."
Textor se considera ofendido por Leila não apenas no Brasil, mas também no exterior, com reportagens da CNN e diz que vai estudar com seu advogado Paul Tuchmann as possíveis ações contra ela.