Antes de iniciar esse texto, uma ressalva deve ser feita: há na Ucrânia uma tragédia humanitária em curso, que tem assassinado centenas de pessoas, inclusive crianças, de forma covarde por militares armados que servem a interesses que nem mesmo eles têm total consciência. E isso é lamentável, para se dizer o mínimo, em um mundo onde a comunicação e o diálogo estão ao alcance das mãos.
Feito isso, é preciso contextualizar o que a mídia liberal tem feito para transformar em estadista um comediante aos moldes de Danilo Gentili, cultuado por uma extrema-direita neonazista, que chegou ao poder para servir aos interesses do "ocidente" - que pode ser traduzido em EUA e seu braço armado, que atende por Organização do Tratado Atlântico Norte, ou Otan.
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Após flertar com os EUA - atendendo inclusive a interesses eleitorais de Donald Trump, quando mandou investigar os negócios escusos de Hunter Biden, filho do atual presidente, Joe Biden - e formalizar a entrada da Ucrânia na União Europeia, Zelensky foi aplaudido de pé em discurso transmitido no Parlamento Europeu na manhã desta terça-feira (1º).
Abandonado por Biden, Zelensky conclamou a União Europeia - "Sem vocês, a Ucrânia estará solitária” - e fez um discurso aos moldes daqueles que incita grupos neonazistas que o apoiam e, entre outros, cometeram o massacre na Casa dos Sindicatos.
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"Provem que estão conosco, provem que não vão nos deixar, provem que vocês são de fato europeus e, então, a vida vai vencer a morte e a luz vai vencer a escuridão", disse Zelensky, remetendo à dramaturgia da série "Servo do Povo", onde fez papel de presidente e que o alçou ao mundo da política.
O show de Zelensky
Aplaudido de pé no Parlamento Europeu, Zelensky parece estar encenando seu próprio show, agora em proporções mundiais.
Ao defender os interesses de EUA e Otan e dar a deixa para Vladimir Putin iniciar a invasão pelas regiões separatistas Lugansk e Donetsk, Zelensky faz do Parlamento Europeu seu talk show.
Aqueles que o aplaudem, pelo alinhamento aos interesses dos EUA, fecham os olhos para a História, para as quebras de acordos da Otan - que insiste em colocar forças militares na fronteira russa - e, principalmente para a dramaturgia de Zelensky na presidência da Ucrânia, que levou o país à essa tragédia humanitária.
Noves fora a China, que faz uma análise madura do conflito e busca uma solução pacífica para tal, países alinhados à Otan aplaudem o show de Zelensky, que quer tragar o mundo para o filme de guerra que produziu no leste europeu.
Na presidência e no Parlamento Europeu, o comediante que virou presidente segue a encenação e quer transformar a Europa - e o mundo - no picadeiro da ultradireita que levou ao poder na Ucrânia. Agora transmitido ao vivo para o mundo pela mídia liberal alinhada aos interesses da Casa Branca.