TRAGÉDIA

Ex-astro mirim da TV morre nos incêndios devastadores da Califórnia

Estado norte-americano vive drama com fogo que vem consumindo tudo que encontra pela frente. Já são 11 mortos, 153 mil removidos e dois mil imóveis incinerados

Fogo destrói tudo na Califórnia.Créditos: YouTube/Reprodução
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Um ex-astro mirim da TV australiana e britânica morreu, aos 32 anos, vítima dos devastadores incêndios que atingem o estado da Califórnia, na costa oeste dos EUA. Rory Callum Sykes estava na residência de sua família em Mount Malibu, quando as chamas atingiram o imóvel na última quinta-feira (8).

Skyes nasceu cego e com paralisia cerebral em 29 de julho de 1992, no Reino Unido, embora tivesse também cidadania australiana. Cofundador da ONG Happy Charity, que, de acordo com seu site, oferece “esperança, felicidade e saúde para aqueles que estão sofrendo”, ele se tornou célebre após aparecer algumas vezes num programa que a mãe dele, Shelley Sykes, passou a apresentar no Reino Unido, o Kiddy Kapers, entre os anos de 1998 e 1999.

Depois, também com a mãe, ele participou do programa de televisão australiano “Mornings with Kerri-Anne”, em 2003, falando sobre a viagem que tinha realizado aos EUA, país que anos depois se tornaria o lar do garoto e da família.

Shelley Sykes com o filho, Rory Callum Sykes

“Ele superou muita coisa com cirurgias e terapias para recuperar a visão e conseguir aprender a andar. Apesar da dor, ele ainda estava entusiasmado em viajar o mundo comigo, da África à Antártida”, contou Shelley, que classificou o filho ainda como um ser “lindo” e “maravilhoso”.

A mãe disse que as chamas atingiram a residência da família e que ela precisou subir no telhado para tentar apagar o fogo com uma mangueira. Rory tinha muitas dificuldades para se locomover e não conseguiu fugir do incêndio. Ela caiu, quebrou o braço e não conseguia carregar o ex-astro, hoje um homem de 32 anos e pesado. Shelley contou que ainda ouviu do próprio filho que ela “poderia deixá-lo para escapar”.

Emocionada, ela relatou que não conseguia suspendê-lo e arrastá-lo por conta da fratura e da situação geral que se encontrava. “Ele disse, ‘mãe, me deixe’ e nenhuma mãe pode deixar seu filho. Mas eu tinha um braço quebrado, não conseguia levantá-lo, não conseguia movê-lo”, disse.

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