Em delação à Polícia Federal (PF), que teve o sigilo de vídeos levantando nesta quinta-feira (21) por Alexandre de Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), destilou machismo ao falar da reação de Michelle Bolsonaro (PL) ao ver os móveis sendo colocados em um caminhão de mudança no Palácio da Alvorada ao final do mandato do marido.
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Segundo Cid, Michelle e o filho "02" do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte da ala mais radical dos golpistas. Nenhum dos dois foi sequer indiciado pela Polícia Federal até o momento por participação na organização criminosa (orcrim) golpista.
“O general Mario Fernandes atuava de forma ostensiva, tentando convencer os deais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. Compunha também o referido grupo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro", diz trecho da delação do militar transcrito pela PF.
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Segundo Cid, a ex-primeira-dama instigava Bolsonaro de "forma ostentiva" a dar um golpe de Estado com a formação de uma milícia armada pelos chamados Caçadores, Atiradores e Colecionadores, os CACs.
"Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado. Eles afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe”, disse Cid à PF.
No vídeo da delação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ainda relatou o desespero de Michelle ao perceber que o marido se acovardou e ver os móveis da família entrando no caminhão de mudanças.
"A própria primeira-dama - mais um desespero de mulher, né? - quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase pirou. Pânico", disse.
Indagado sobre o que ela falou, Cid emendou: "ela falava que a gente tinha que fazer alguma coisa, fazer alguma coisa. Já no final [de dezembro]", contou.
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