A quebra do sigilo por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid revelou, entre outras coisas, quem fazia parte da ala radical do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Surpreendentemente, segundo o ex-ajudante de ordens, uma das que mais instigava Bolsonaro a dar golpe era a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Além dela, Cid ainda citou um grupo de conselheiros.
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Entre eles, Cid citou Onyx Lorenzoni; Jorge Seiff; Gilson Machado; Magno Malta; Eduardo Bolsonaro; general Mario Fernandes, secretário- executivo do general Ramos.
“O general Mario Fernandes atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. Compunha também o referido grupo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado. Eles afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe”, diz Cid em trecho de sua delação premiada, que tem mais de 500 páginas.
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O que dizem os acusados
Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro e Michelle, já tinha comentado a afirmação, em novembro de 2023, quando ela vazou. Segundo ele, as acusações são “absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova”. O advogado disse também que o ex-presidente e familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país”.
“Querer envolver meu nome nessa narrativa não passa de fantasia, devaneio”, disse também na ocasião o deputado federal Eduardo Bolsonaro.