ALA RADICAL

Guerra civil: redes cobram denúncia contra Michelle e Eduardo por pregarem golpe armado

Mauro Cid revelou em delação premiada que ex-primeira-dama e deputado federal instigavam Bolsonaro a dar golpe com apoio de CACs

Eduardo e Michelle Bolsonaro.Créditos: Reprodução/Instagram Eduardo Bolsonaro
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não são investigados pela trama golpista e não são alvos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira (18) contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. 

Após a denúncia da PGR, entretanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid e, nela, o ex-ajudante de ordens relata que Michelle e Eduardo compunham a "ala radical" do entorno de Bolsonaro que pregava um golpe de Estado com o apoio de uma “tropa civil” de colecionadores, atiradores e caçadores esportivos (CACs). Ou seja, queriam uma guerra civil

“O general Mario Fernandes atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. Compunha também o referido grupo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado. Eles afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe”, diz Cid em trecho de sua delação premiada, que tem mais de 500 páginas.

Diante da revelação, políticos e usuários das redes sociais passaram a cobrar investigação e denúncia contra Michelle e Eduardo. A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, por exemplo, foi uma das pessoas que se manifestou sobre o assunto e, segundo ela, a ex-primeira-dama não está na lista de denunciados "só por enquanto". 

"O ministro Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da delação de Mauro Cid e, aos poucos, a trama golpista está sendo revelada. Surpreendendo um total de zero pessoas, Michelle Bolsonaro, então primeira-dama, fazia parte de grupo mais radical e era a primeira a instigar Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado. Ela não está na lista de denunciados pela PGR. Mas só por enquanto", escreveu Gleisi. 

Marcelo Freixo, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), por sua vez, destacou o desejo de Michelle por uma guerra civil. 

"MICHELLE QUERIA GUERRA CIVIL. O núcleo mais radical de articulação do golpe, diz Mauro Cid em delação, tinha Michelle Bolsonaro como uma pessoa que “instigava Bolsonaro a dar um golpe” e dizia que ele teria “apoio do povo e dos CACs” para dar um golpe. CACs são civis que tem autorização para ter armas de grosso calibre. Alguém tem dúvidas da intenção de Michelle?", publicou Freixo. 

Confira abaixo algumas reações: 

 

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