O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) admitiu, na noite desta quinta-feira (21), a possibilidade de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ser preso.
A declaração foi feita na Conferência Política de Ação Conservadora (Cpac), evento que reúne extremistas de todo o mundo realizado nos Estados Unidos. Em seu discurso, Eduardo clamou por ajuda dos estadunidenses para livrar seu pai da cadeia e para anistiar os golpistas condenados pelo 8 de janeiro. O deputado criticou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e pediu orações.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está em risco de ser preso com as mesmas acusações falsas usadas contra líderes de oposição na Venezuela, Cuba e Nicarágua (...) Rezem pelo meu pai, rezem pelos brasileiros presos pelo 8 de janeiro. Nós estamos pedindo por anistia no Congresso e esperamos receber o apoio de vocês fora do Brasil", declarou.
Eduardo afirmou ainda que seu pai está sendo acusado de liderar um "um golpe de estado da Disneylândia, sem armas, sem um plano". A denúncia da PGR, entretanto, reúne fartas provas de que a trama golpista liderada por Bolsonaro incluía o apoio de militares e um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Veja vídeo com trecho do discurso de Eduardo Bolsonaro no Cpac:
Gesto nazista de Steve Bannon no mesmo evento
No mesmo evento, Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump e "guru" da extrema direita global, voltou a fazer um gesto nazista.
"A única maneira de eles vencerem é se nós recuarmos, e não vamos recuar, não vamos nos render, não vamos desistir. Lute, lute, lute!", disse Bannon pouco antes de erguer o braço direito com a palma da mão virando para baixo, exatamente da mesma maneira que os nazistas faziam para saudar Adolf Hitler.
Veja vídeo:
De novo
Essa não é a primeira vez que Steve Bannon faz a saudação nazista. Em janeiro, durante um jantar na véspera da cerimônia de posse de Donald Trump, o estrategista da extrema direita fez a saudação nazista em um discurso, no momento em que anunciou que Alemanha, com o partido AfD, seria o próximo país a eleger um governo de extrema direita.
"Nós tivemos uma grande vitória aqui e estamos ganhando no mundo todo, certo? A próxima parada é a Alemanha. Posso pedir que a Alternativa Para a Alemanha (AfD) se levante? Queremos saudá-los", disparou Bannon. Foi neste momento que o estrategista da extrema direita fez a saudação considerada nazista.
Logo na sequência, Bannon citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, lamentando sua ausência na posse de Trump, e saudou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chamando o parlamentar brasileiro ao palco e afirmando que ele, no futuro, será presidente do Brasil.