Parece que foi anos 60, quando o time ganhou o apelido de "faz me rir", mas foi ali mesmo, em janeiro que o Corinthians viveu dias tenebrosos. Perdeu cinco dos seis primeiros jogos do Paulista e a única vitória, na estreia, contra o Guarani, era insuficiente para evitar o desastre anunciado: o time não se classificaria para a segunda fase.
E não se classificou mesmo, mas, quem te viu e quem te vê. Desde que assumiu o clube em 11 de fevereiro, o treinador António Oliveira, vindo do Cuiabá, conseguiu três vitórias e dois empates no Paulista. Perdeu para a Ponte Preta, jogo em que saiu aplaudido, tamanho o estéril e inútil domínio. Foram onze pontos contra três conquistados por Mano Menezes. O suficiente para diminuir a vergonha, terminando em terceiro no grupo, atrás de Bragantino e Inter de Limeira e à frente do Mirassol.
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Pela Copa do Brasil, foram dois jogos e duas vitórias. Em Cianorte, venceu por 3 x 0. E, em São Bernardo, um teste de fogo, vitória por 2 x 0. Teste de fogo? Sim, vivemos novos tempos. O São Bernardo é um time bem montado e que conseguiu 21 pontos no Paulista, perdendo a classificação nos últimos minutos de São Paulo 3 x 2 Ituano. Não fosse o gol de Lucas....
O São Bernardo está tão bem, que Márcio Zanardi, seu treinador, foi contratado antes de António Oliveira. Barbeiragem da diretoria que desconhecia o fato de que ele não poderia dirigir dois times diferentes em um mesmo campeonato.
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Era apontado como um adversário duríssimo, talvez o favorito, o alerta de decisão por pênaltis estava ligado, mas o Corinthians dominou desde o início, com a dupla Yuri Alberto e Pedro Raul. Yuri fez o primeiro, de pênalti, aos cinco minutos, e Pedro Raul marcou o segundo aos 28 minutos.
Aos 43 minutos do primeiro tempo, o lance que poderia complicar o Corinthians. Helder empurrou Garro na área, com bola parada. O árbitro Bráulio Machado poderia não fazer nada, não foi um empurrão forte. Poderia dar o amarelo, assim mesmo. Mas preferiu fazer o pior, fazer o que não podia ter feito. Deu amarelo para os dois, o empurrador e o empurrado. E como Garro, o empurrado, já tinha amarelo, foi expulso.
No segundo tempo, Helder levou outro amarelo e também foi expulso. E houve um gol anulado de Yuri Alberto.
Não foi um espetáculo de futebol, o proporcionado pelo Corinthians, algo comum nos tempos de Vampeta, Rincón, Edílson, Marcelinho Carioca, Ricardinho e Luisão, mas foi uma classificação sem sustos.
É só olhar para janeiro e fevereiro para perceber como o time está no caminho correto.