Aos 37 minutos do segundo tempo, o São Paulo vencia o Corinthians por 2 x 0 e estava se classificando para a final da Copa do Brasil,. Então, Matias Rojas, de longe, chutou de perna esquerda e a bola se encaminhou para o ângulo direito. O goleiro Rafael saltou, fez uma defesa estupenda, mandando para escanteio. Foi a defesa que Cássio não havia conseguido, no primeiro tempo, em chute parecido de Wellington Rato. O São Paulo venceu e foi para a final contra o Flamengo, ganhando o título inédito.
O lance marcou a carreira dos dois jogadores. A defesa, sem nenhuma dúvida, foi levada em conta meses depois quando Dorival Jr já não era técnico do São Paulo e apresentou sua primeira lista de convocados para a seleção. Rafael estava lá, aos 34 anos, pela primeira vez na carreira.
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Se tivesse marcado, Matias Rojas teria algo grande para mostrar em sua passagem pelo Corinthians. Sem o gol, seu currículo se restringiu a 30 partidas e duas assistências. Muito pouco. Até por esses números, não deixará saudades agora, quando deixou o clube, alegando falta de pagamento de parcelas de um acordo feito com a diretoria anterior.
O camisa 10 se vai, mas o Corinthians já tem outro, bem melhor, fazendo a mesma função. A falta que Rodrigo Garro converteu em gol contra Weverton, do Palmeiras, alcançando um empate improvável, já o coloca na história do Derby, coisa que Rojas não teve.
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Fica no ar a perigosa interrogação: quantos jogadores estão na mesma situação no Corinthians? É possível uma debandada, talvez com jogadores mais úteis e que deixariam saudades e uma lacuna técnica. E não falo apenas do Corinthians. A saída de James Rodriguez - depois revertida - do São Paulo tem a ver com atraso de pagamentos de direitos de imagem? É uma possibilidade concreta, principalmente quando o diretor Carlos Belmonte já deixou que haverá, sim, atrasos em 2024.
Todo trabalhador - mesmo os que não desempenham bem - têm direito a receber o que está no contrato. Simples. Vale para a vida. Vale para o futebo.
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