Concorrente do Ozempic, medicamento para diabetes tipo 2 que tem sido usado contra a obesidade, o Wegovy, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, pode reduzir em até 25% o peso dos pacientes que fazem uso em um intervalo de 72 semanas, segundo estudo que será apresentado neste sábado (21) no congresso da Associação Americana de Diabetes, que acontece em Chicago, nos EUA.
O medicamento à base de semaglutida, assim como o Ozempic, no entanto tem um efeito colateral inesperado, assim como outro concorrente: o Mounjaro, que utiliza tirzepatida.
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No Reino Unido, os dois concorrentes do Ozempic são investigados por anular os efeitos dos anticoncepcionais, em um fenômeno que vem sendo chamado de "bebês Ozempic".
O órgão regulador de medicamentos do Reino Unido emitiu orientações sobre uso por mulheres em idade reprodutiva após receber cerca de 40 relatos de gravidezes indesejados de pacientes que usaram Mounjaro e Wegovy.
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As injeções de semaglutida e tirzepatida imitam hormônio natural GLP-1, liberado pelo intestino após as refeições produzindo uma sensação de saciedade. No entanto, os efeitos desse medicamento parecem anular, em parte, os efeitos dos anticoncepcionais orais.
Estudo de 2024 demonstrou que a tirzepatida reduziu a quantidade de etinilestradiol (uma forma sintética de estrogênio, componente da pílula anticoncepcional oral combinada) na corrente sanguínea em 20%. A semaglutida, do Wegovy e Ozempic, teria efeito semelhante, o que gerou a indicação de método adicional, como o uso de preservativos, para evitar a gravidez.
Novo estudo
Segundo o novo estudo apresentado neste sábado, o Wegovy alcançou um novo patamar de perda de peso, com emagrecimento médio de 21% em 72 semanas, que pode chegar a até 25% - o que corresponderia na perda de 25 quilos para uma pessoa de 100 quilos, por exemplo.
O estudo utilizou dose de 7,2 mg de semaglutida, ainda não disponível no mercado, com a caneta injetável semanal Wegovy (semaglutida 2,4 mg) e placebo em 1.407 adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² e sem diabetes.
A perda de peso média foi de 20,7% e 33,2% dos participantes emagreceram mais de 25%. Com a dosagem de 2,4 mg, aprovada no Brasil em janeiro de 2023, os índices foram 17,5% e 16,7%, respectivamente.