Primeiramente, quero justificar o adjetivo vexame, que poderia ser trocado por vergonha. Muitos colegas não gostam do termo. Consideram ofensivo. Pois eu acho que, por definição, é vexame, é vergonha, é vexame vergonhoso, é vergonha vexaminosa um clube grande não ficar entre os oito primeiros do Paulistão.
O Corinthians foi um vexame. O São Paulo deixou de ser no finalzinho do jogo contra o Ituano.
Fiquemos com o Corinthians. Os sinais eram claríssimos, não precisa ser Sherlock Holmes para apontar o dedo. O que se pode esperar da campanha de um clube em que o treinador chama o centroavante de burro. E nem foi no escurinho do cinema, foi no estádio, durante um jogo.
Mano Menezes vive realmente uma quadra ruim de sua carreira, mas estava sendo obrigado a usar massivamente garotos da base no banco de reservas. O que é ruim, fica pior.
Augusto Melo, o atual presidente, reclama de ser surpreendido diariamente com novas contas a pagar. E Duílio Monteiro Alves diz que a atual diretoria está fazendo uma dívida impagável
Os dois têm razão.
É erro atrás de erro.
Matias Rojas, por exemplo. Contratação cara de jogador fraco. Coisa de Duílio. Atraso de salário e acordo não cumprido. Jogador livre e exigindo 40 milhões na Justica. Coisa de Melo.
Pobre Corinthians, com dívida enorme.
Grande Corinthians, com torcida imensa e patrimônio invejável.
Jeito tem.
O início é tirar o boné da Superbet - ou o presidente também é patrocinado? - e trabalhar duro. Criar um plano efetivo de enfrentamento de dívida e colocar mãos à obra. Não se trata de esquecer o passado, mas sim de planejar o futuro próximo.