Conheço Júlio Casares há muito tempo. É um cara fascinante. No sentido de fascinar quem o ouve. Fala com convicção, sem tremer a voz, não importa o que seja. Se a tese é real, factível ou não.
Foi assim, quando era diretor de marketing e prometeu que em dez anos o São Paulo teria torcida maior que a do Corinthians. Dava a impressão mesmo que ele acreditava naquela fantasia.
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Não se concretizou, claro e hoje as pesquisas colocam o São Paulo empatado com o Palmeiras. A explicação de Casares pelo fracasso, novamente, vem com convicção. Ele não ficou no cargo e o substituto não levou em frente o projeto, que se baseava em um acordo com a Warner Bross. Sim, o Pernalonga estaria à frente da popularização do clube, a ponto de superar a torcida corintiana. Não daria certo nem com a ajuda de Hortelino.
E outros projetos do São Paulo? O banco? A criptomoeda? O Hub de inovações?
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E aquela foto fake com Roberto Carlos?
E a promessas de campanha? As "câmaras setoriais"? O balancete publicado a cada três meses?
E as livres? A única dúvida é se seriam semanais ou quinzenais. Ninguém viu.
E o "maior contrato de patrocínio de todos os tempos", que anunciou em 2021? Não era.
Fez campanha de Leco contra Pimenta. Depois, já presidente, se gabava do apoio de Pimenta e criticava o legado econômico deixado por Leco. Contra ele, o legado, prometeu austeridade. E produziu déficits em sequência.
Por isso, eu tenho o direito de desconfiar que a negociação com o grego Marinakis possa ser mais que apenas "revenue share", como ele fala. Que tudo possa ser o início de uma longa amizade, com o São Paulo SAF e Casares CEO.
