O empate entre São Paulo e Palmeiras chegou com muita polêmica e trouxe um reposicionamento de atitude de Júlio Casares, presidente do São Paulo.
Ele estava há tempos tentando se colocar como um líder entre os presidentes dos clubes, principalmente nas negociações para as transmissões de televisão.
Também se aproximou de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, com a "troca temporária" de estádios, ocupados por shows. Aproximação que foi rejeitada por torcedores radicais de ambos os lados.
Depois do clássico e embalado pelo erro de Mateus Candançan, que não expulsou Richard Rios, e do controverso pênalti de Rafael, marcado, e de Piquerez, não marcado, Casares deixou de lado a máscara de dirigente moderno para se comportar como presidente de clube do interior que se sente prejudicado.
Vestiu a roupa da paixão. Criticou o árbitro, criticou o treinador adversário e não disponibilizou a sala de imprensa para a coletiva do Palmeiras. Falou em reciprocidade, mas deveria ter avisado antes.
Ele se comportou como mais um torcedor ultrajado. Como alguém de arquibancada. Não é condizente com o futebol moderno, mas é reflexo do que o futebol é: uma grande paixão popular. Vai ser cada vez mais amado pelos seus. E odiado pelos outros. É uma escolha.