Iniciada em 2005, sob iniciativa do governo José Serra, a Virada Cultural se transformou em importante evento cultural na cidade de São Paulo. A cada edição milhões de pessoas se dirigem ao centro da cidade de São Paulo para se congraçar e acompanhar as mais diversas manifestações artísticas, principalmente musicais em todos os gêneros. Foi um marco de reencontro dos paulistanos com o centro da cidade e os eventos, a cada ano, trouxeram mais pessoas de fora, que, por 24 horas cruzavam a cidade em festa e paz.
É um evento consolidado no calendário da cidade, havendo realizado 18 edições, atravessou governos e orientações políticas. Foi assim de 2005 até 2016, melhorando a cada ano, em ambiente de liberdade, segurança e muita arte. Muitos relacionamentos, namoros e casamentos surgiram desses encontros. Também renda para os mais diversos setores da economia.
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A partir de 2017, no entanto, começa uma fase de decadência, desencontros e elevação exponencial dos custos. Houve anos com violência, muita confusão na organização e os ambientes foram ficando segregados e apartados, sobretudo a partir de 2021. E custos se elevando. As razões dessa decadência tem sido uma combinação entre vazio de ideias, conceitos rasos, incompetência e vícios de gestão. E custos se elevando. Até a privatização do Vale do Anhangabaú aconteceu nesse período. Tudo isso demonstra descompromisso e desamor com a cidade de São Paulo, e uma boa ideia foi se perdendo.
A Virada de 2024 é demonstração cabal dessa decadência, com áreas gradeadas, shows com público vazio. E custo total de R$ 60 milhões ou mais! (não se sabe ao certo porque diversas contratações foram colocadas sob sigilo).
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Virada na Virada
É preciso promover uma virada na Virada Cultural de São Paulo. Isso só acontecerá se o atual governo for trocado, por inepto (ou outras coisas mais). O formato Mostra, adotado nas Viradas anteriores se esgotou. Grupos se repetem, falta sentido de conjunto e participação popular para além de ser plateia a grandes shows. Um evento tão relevante (e com investimento vultoso) não tem sido aproveitado para o lançamento de novos talentos e movimentos culturais, além de ser negligente com a rica produção artística paulistana, principalmente nas periferias da cidade.
A virada irá acontecer quando a Virada Cultural se transformar no maior festival das Artes do Brasil, descentralizado e acontecendo o ano todo, nas mais diversas temáticas.
Como?
32 Viradas Culturais, uma por semana, acontecidas no território das 32 Subprefeituras da Cidade de São Paulo – funcionando como fase classificatória para o Festival, com inscritos de cada território.
Para fomentar o protagonismo, a cultura e economia local, executadas descentralizadamente por produtoras culturais da respectiva região (ou consórcio de movimentos culturais locais). Cada Virada por subprefeitura deverá contar com, no mínimo:
- 1/3 de artistas da região, inscritos para o Festival;
- 1/3 com artistas de outras subprefeituras (incentivando intercâmbio e giro econômico e cultural);
- 1/3 com as chamadas Grandes atrações.
Essa equação transformará a Virada em um processo cultural muito mais enraizado, interativo e participativo, possibilitando o surgimento e a promoção de talentos locais.
Virada Cultural no Centro da cidade
Será a final do Festival, com premiação diferenciada por gênero musical, interpretes, compositores, arranjo, banda, solo, etc..
Importante Compromisso: Com o mesmo custo da Virada de 2024, acontecido em um único dia serão realizadas 33 VIRADAS CULTURAIS. Em formato de Festival, cujos prêmios, além de cachês, podem envolver produção de álbuns, promoção de turnês, etc.
A Virada da Virada será um movimento artístico cultural a desesconder São Paulo!
Outras Viradas igualmente belas, necessárias e potentes para consolidar São Paulo na capital latino-americana da arte e da cultura:
- Noite dos Museus (abertura 24 de Museus e Centros Culturais) com acesso gratuito e programação especial. Como acontece em várias grandes cidades do mundo;
- Virada da Filosofia (encontros de filosofia, caminhadas filosóficas e outras ações) espalhada por toda a cidade;
- Virada da Poesia (saraus de poesia, slams e todas as formas de encontros poéticos a acontecerem pela cidade, em bibliotecas públicas, livrarias, saraus de periferia, bares e espaços culturais, pontos de cultura, etc)
- Virada do Teatro (apresentações de teatro em todos os teatros públicos, privados, espaços comunitários ou alternativos que desejarem se integrar à programação);
- Virada da Dança (idem, desde companhias de dança clássica, contemporânea, a grupos comunitários, escolares);
- Noite dos Livros (abertura de todas as livrarias, sebos, bibliotecas e espaços culturais ou praças públicas que desejarem se integrar a uma grande jornada de literatura, fomentando clubes de leitores, debates, lançamentos);
- De portas abertas (abertura de Galerias e ateliês de artistas plásticos e visuais, incluindo feira de arte em praças ou espaços culturais).
40 finais de semana, integrados ao calendário cultural e turístico da cidade de São Paulo, cada qual com uma grande vocação. É possível e viável. São Paulo tem recursos, meios, talento, criatividade. Falta a ousadia da decisão. Vamos dar um SALVE SÃO PAULO com muita cultura e arte? Quem vem junto “pra cuidar de São Paulo”?