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Por que distribuidora de vinhos de Galvão Bueno é alvo de processo

A origem do problema surgiu há 4 anos, durante leilão virtual beneficente promovido pela Central Única das Favelas

Galvão Bueno.Créditos: Divulgação/TV Globo
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A Bueno Wines, distribuidora de vinhos de propriedade de Galvão Bueno, é alvo de um processo na Justiça de São Paulo. Tudo começou em 2020, quando a Central Única das Favelas (Cufa) promoveu um leilão virtual beneficente, com objetivo de auxiliar famílias em dificuldades durante a pandemia da Covid-19.

A iniciativa contou com o apoio de inúmeros artistas e personalidades do esporte. Eles colaboraram doando itens dos seus acervos pessoais ou se dispondo a participar de experiências com os vencedores do leilão.

Galvão Bueno foi um dos que ajudaram, se comprometendo a participar de uma degustação de vinhos para 20 pessoas na Bueno Wines.

Porém, quatro anos depois, o caso se transformou em tema de um processo em análise na Justiça de São Paulo. Isso porque o prêmio jamais foi entregue.

O processo foi aberto pelo engenheiro Henri Zylberstajn. Ele ganhou o leilão da degustação com Galvão Bueno, ao desembolsar R$ 4.200.

“Desde a arrematação, o autor [do processo] vem encontrando persistente resistência dos réus quanto ao cumprimento de suas obrigações. Ora a desculpa são os compromissos internacionais, ora o documentário que Galvão está gravando sobre sua vida”, destacaram os advogados Arthur Zeger e Bruna Henriques, representantes do engenheiro.

O engenheiro relatou, na ação, que, além de ajudar com a arrecadação dos recursos, entrou no leilão porque pretendia usar o prêmio para promover um jantar com patrocinadores e parceiros do Instituto Serendipidade, organização social que ele criou em apoio à inclusão de pessoas com deficiência.

“Galvão e a Bueno Wines promoveram seus nomes como filantropos de evento beneficente de alta repercussão, mas não honraram com o compromisso assumido”, afirmou o engenheiro no processo. Ele reivindica indenização de R$ 44.200 por danos materiais e morais, de acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL.

Os documentos anexados na ação judicial apontam que a presença de Galvão foi acertada pela filha do locutor, Letícia Galvão Bueno, sócia e administradora da Bueno Wines.

Uma audiência foi realizada no dia 12 de março. Porém, os representantes da Bueno Wines não apareceram. Eles alegaram que não tinham sido citados.

O que diz a defesa

A Bueno Wines, na defesa apresentada à Justiça, garantiu que nunca se negou a participar do evento. O problema teria acontecido por causa de um desencontro de agendas.

Disse, ainda, que segue à disposição para o agendamento do evento e deseja que o caso termine da melhor forma possível para todos.

A defesa destacou, também, que a dificuldade em definir uma data foi motivada não somente em consequência de compromissos de Galvão Bueno, “que, como é de conhecimento público, viaja muito”, mas do próprio autor do processo.