O ex-narrador esportivo Galvão Bueno disparou contra a Globo em episódio recente de seu podcast "Podfalar, Galvão", veiculado em plataformas de streaming de áudio.
O dono de uma das vozes mais conhecidas em transmissões de futebol e automobilismo criticou a emissora que trabalhou por décadas ao expor sua admiração por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que dirigiu inúmeras atrações na empresa da família Marinho.
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Segundo Galvão, que se aposentou ao final da Copa do Mundo de 2022 e que agora atua apenas na internet, a atual direção da Globo está "estragando" aquilo que Boni fez na emissora.
"Eu digo sempre que a vida me deu três mestres no meu trabalho. O primeiro deles é o Boni, que foi o cara que fez tudo isso, e hoje até estão estragando um pouco o que ele fez. O Boni me ensinou uma coisa, 'sempre se pode fazer melhor'", disparou o locutor.
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Globo estaria irritada com Galvão
Em março deste ano, em entrevista ao Flow Podcast, Galvão Bueno fez revelações a respeito de sua relação com a emissora da família Marinho.
O narrador declarou que a Globo não gostou de que o canal dele no YouTube tenha fechado contrato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a transmissão do amistoso da Seleção Brasileira com o Marrocos, que foi disputado no dia 25 daquele mês. Por isso, a emissora teria preparado uma retaliação contra o narrador.
“Eu não imaginava que a estreia do canal fosse com um jogo da Seleção. Tive proposta para fazer final de Campeonato Paulista, para fazer Libertadores, convite para estar no Mundial de Clubes com o Cazé”, afirmou Galvão sobre seu canal.
Ele mesmo admitiu que não estava pronto para este passo. “Mas achei que não era o momento e nem certo, porque eram produtos que a Globo ia fazer. Quando eu soube que a Globo não ia comprar o jogo da Seleção por causa do horário, fiquei muito à vontade em fazer essa narração", disse.
De acordo com o narrador, a emissora retaliou ao não permitir que o ex-árbitro e comentarista Arnaldo César Coelho participasse da transmissão. “Mas ele [Arnaldo] tem uma televisão que é afiliada. O contrato de lá de trás proíbe que ele participe de outra transmissão em outro local sem autorização. Um contrato de 32 anos. Não sei o que houve. Ficaram chateados", revelou.
“A primeira pessoa que falei quando surgiu isso foi Arnaldo. As aspas dele foram as seguintes: 'Claro que pode, Galvão'. Então, ele ficou feliz da vida, eu também. Lamento que ele não vai poder fazer a transmissão comigo. Não era um trabalho, era um momento de juntar uma dupla que trabalhou 30 anos junta. E nós somos muito amigos. Mas deixa pra lá, seguimos em frente", completou.