ASSÉDIO

VÍDEO - Danni Suzuki revela abuso sexual aos 7 anos e que mãe não levou a sério: “Para de fazer drama”

Em podcast, a artista abordou situações de assédio sofridos no espaço pessoal e durante a carreira

Danni Suzuki no podcast 'Tá Benito', de Isabele Benito.Créditos: Reprodução/ Youtube
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A ex-atriz da Globo Danni Suzuki, de 46 anos, compartilhou durante uma entrevista ao podcast “Tá Benito” que enfrentou abuso sexual por parte de um vizinho aos 7 anos de idade. Ao confidenciar o assédio à sua mãe anos mais tarde, recebeu a resposta de que deveria "parar de drama" e que “tem gente que passa por situação muito pior”. A artista comentou sobre a falta de apoio da mãe.

"Eu, na infância, fui molestada, com 7, 8 anos, pelo vizinho. Guardei aquele segredo até os 18 anos para contar para minha mãe, achava que a culpa era minha", disse a atriz. A mãe tentou invalidar o sentimento da filha na época. “No dia que contei que fui molestada, eu lembro da minha mãe falando assim: ‘Para de fazer drama. Qual o problema? Já foi, já passou, você não está bem? Tem gente que passa por situação muito pior, não dá para perder tempo na vida com essas coisas. Acabou, já passou, para de fazer drama, segue sua vida'”.

De acordo com Suzuki, a criação que recebeu de sua mãe era muito dura e rígida. “A minha mãe me fez ler muitos livros de autoajuda. Eu li livros, minha mãe me deu muita disciplina, ela é professora de dança, mas também é psicóloga, só que ela é soldada”, afirmou à apresentadora Isabele Benito

A artista também destacou que o assédio parecia ser algo algo normal, principalmente entre as modelos e não tinha a consciência que tem hoje. “Lembro que na época me chamaram para ser modelo, na rua, essa coisa de olheiro, que tinha muito na época”, contou ao dizer que foi até o local na companhia de sua mãe. "Minha mãe foi junto, ficou em outra sala, o cara pediu para tirar a camisa, maquiar, achava que aquilo tudo era normal. Tempo depois, vi o cara na TV sendo preso, molestava meninas, não sei o que, e não sabia nem que estava sendo assediada”.

Assédio sexual é crime e deve ser denunciado

Vítimas de violência sexual não precisam registrar um boletim de ocorrência para receber assistência médica e psicológica no sistema público de saúde. No entanto, é necessário ter o boletim de ocorrência em mãos para realizar o exame de corpo de delito. Este exame pode fornecer evidências cruciais que ajudam na acusação durante um processo judicial e pode ser realizado a qualquer momento após a ocorrência do crime. Devido à natureza das evidências, é recomendável que o exame seja conduzido o mais próximo possível da data do crime.

Em situações de violência sexual flagrante, o número 190 da Polícia Militar é a escolha mais apropriada para fazer uma denúncia. Policiais militares em patrulhamento também podem ser contatados para assistência imediata. O Ligue 180, embora não atenda casos em flagrante, recebe denúncias de violência doméstica, oferecendo orientações e encaminhando para o serviço de acolhimento mais adequado na cidade da vítima.

De acordo com a lei, vítimas de estupro têm o direito de buscar atendimento em qualquer hospital com serviços de ginecologia e obstetrícia para receber medicação de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, atendimento psicológico e realizar a interrupção da gestação de maneira legal. No entanto, na prática, nem todos os hospitais oferecem esses serviços. Para obter informações sobre unidades que realmente prestam assistência às vítimas de estupro para o procedimento de aborto, consulte este site.