Festa

Mosaico para Ancelotti é coisa de gente colonizada, à espera de um salvador

Treinador da seleção brasileira tem recebido afagos e homenagens que seus antecessores não tiveram

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Mosaico para Ancelotti é coisa de gente colonizada, à espera de um salvador
Scolari, à direita, não foi homenageado como Ancelotti. Reprodução Twitter

O autointitulado "capitão da torcida brasileira" pega o microfone na entrevista coletiva de Carlo Ancelotti, treinador da seleção brasileira, após vitória por 1 x 0 sobre o Paraguai.

Coletiva, microfone....qual é a pergunta? Não tem. Mas tem charuto e camisa amarela com o nome de Carlinhos, nossa tradução de Carletto. E por que presentes?  É aniversário de nosso Salvador, o homem que vai nos levar ao hepta. Ou alguém duvida que, depois de dois jogos com Carletto, o hexa está no papo?

Antes do jogo, foi feito um painel em homenagem ao treinador, que completava 66 anos. Nossos treinadores campeões do mundo - Feola, Aymoré, Zagallo, Parreira e Scolari - nunca tiveram tamanha honraria. Merecer, mereciam.

Não sei quem promove o festival de vassalagem a Ancelotti. Parece que não terá fim. A não ser quando se fartar em suculenta feijoada, misturar idiomas após algumas caipirinhas e arriscar no samba. Talvez já estejam contratando Carlinhos de Jesus para a árdua tarefa.

Por que essa necessidade atávica de agradar os que vem de fora? Ancelotti está começando o seu trabalho e não precisa ser bajulado. Tenho certeza que os R$ 4 milhões mensais bastam. Nem precisa um brigadeiro a mais.

 

 

 

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