O ex-ator da Globo, Ewerton de Castro, foi condenado a pagar uma multa contratual à emissora, acrescida de juros e correção monetária, no valor de R$ 210 mil (cálculo extraoficial). O caso ocorreu em 2002, quando o artista abandonou as gravações da minissérie “O Quinto dos Infernos”.
Ewerton, que tinha 20 anos de casa quando tudo aconteceu, disse que não estava sendo respeitado pela Globo. Segundo o ator, ele descobriu que seu personagem, um comerciante de nome Cauper, “não tinha a menor importância na minissérie”, segundo o próprio.
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“Não fui respeitado artisticamente. Meu personagem não tinha falas e quase nunca era enquadrado pela câmera. Não pensei que eles chamariam a mim, um profissional com 34 anos de carreia, para fazer praticamente uma figuração”, declarou à época.
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A Globo, por sua vez, processou o ator por quebra de contrato. A emissora disse à Justiça que foi surpreendida pela decisão de Ewerton e que sofreu vários transtornos.
“Diante do inexplicável desaparecimento de um de seus personagens, foi preciso alterar o roteiro, reescrevendo vários capítulos, tentando, de alguma forma, não prejudicar o conteúdo da obra”, destacou a Globo no processo.
A emissora alegou, ainda, que o ator havia sido contratado como coadjuvante e que não houve falta de respeito. “Por mais famoso que seja, um ator não pode interferir nos critérios de direção e de produção de uma obra”.
Globo diz que ator sabia que sua participação não seria de protagonismo
Conforme a decisão da Justiça, o ator, ao celebrar o contrato, recebeu o script da minissérie e que estava ciente que sua participação não seria de protagonismo.
O juiz Rogério Arruda destacou, na sentença, que Ewerton deixou a minissérie por “descontentamento e arrependimento”. Porém, a Globo cumpriu os termos acertados. O ator ainda pode recorrer, de acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL.