Zubeldia não merece tanto ódio. E nem tanto amor
Treinador do São Paulo se tornou uma figura que incendeia paixões positivas e negativas, sem merecer
Se o São Paulo vencer o Ceará, Zubeldia terá dado mais um passo para sua canonização. Já há quem veja apenas Klopp acima dele. Uma vitória teria o dom de igualá-los.
Para muitos de seus adoradores apenas Telê o superamos história do clube. Citam os 12 jogos de invencibilidade em Libertadores e esquecem os dois títulos do Mestre.
Se o São Paulo perder, Zubeldia terá dado mais um passo rumo à excomunhão. Será chamado de pardal (justo ele, um conservador tático), de argentino qualquer coisa, de calcinha apertada, de Herodes (por não usar a base).
Tamanha dicotomia me assusta. Zubeldia é um treinador normal, não vejo nele atributos que justifiquem ódio ou amor.
Depois de momentos ruins, atravessou o deserto, esqueceu os empates e conseguiu duas vitórias. É pouco para ser amado.
Enfim, se rendeu à base. É pouco para o perdão dos cotialovers.
E eu? O que penso de Zubeldia?
Sou resultadista. E, após um ano de trabalho, nada de títulos. E o desempenho? Não me lembro de cinco partidas memoráveis sob seu comando.
Por mim, ele fica. O clube está endividado e não pode gastar com rescisão e nem com treinador mais caro. E, cá entre nós, o título que não virá com Zubeldia, também não viria com Klopp.