Zubeldia, o roqueiro, comanda um time macambúzio e medíocre
Time parece uma usina de empates. Difícil de ser vencido e com dificuldade para vencer. Afronta os melhores e se enrola com os piores
Luis Zubeldia é um personagem interessante. Sempre intenso à beira do gramado (dentro também), comemora cada gol como se fosse o nascimento do primeiro filho. Cabeludo, dá a impressão de ser fanático de Soda Stereo ou de Ratones Paranoicos.
Em campo, seu time é o metaverso. É um futebol triste, ensimesmado, sem surpresas. Um futebol misionero, que é como os hermanos chamam o papai e mamãe. Um time que complica a vida de Palmeiras e Flamengo e que se complica, com Morumbi lotado, contra Sport.
Como disse o amigo Darlan (@darlanamott) no twitter: "É um time muito ruim de ver jogar. Um ano assim. Perde pouco, vence pouco, encanta pouco, pouco da esperança. Seja com titulares, reservas, molecada. Enfim, vamos arrastar o ano todo com esse futebol medíocre"
Zubeldia, na verdade, é um conservador. Está preso à sua ideia de 4-3-3. Que pode ser um 4-1-2-3 quando Marcos Antônio se junta ao Alves. Ou um 4-2-4 quando Luciano é o meia. Meia-atacante que não consegue armar o jogo.
O jogo é sempre pelas pontas, com Ferreirinha, Ferreirão ou Lucas. Lembram a grande jogada de Alves contra o Santos, servindo André Santos? Pois é. Estava na ponta direita.
Não há tabela, aproximação, passes pelo meio. Casos raros, como na bela vitória sobre o Corinthians, mais um estalo genial de Lucas do que algo treinado.
Erra quem chamar o futebol do São Paulo de pragmático. Pragmático era com Murici. Havia pragmatismo, havia resultado, tudo sustentado por bom futebol. Sem bom futebol, não há resultado que se sustente. Por isso, não me entusiasmo com o tal "São Paulo das Copas".
Time pragmático é aquele em que cada jogador sabe o que fazer em campo. Todos sabem quem é o batedor de pênaltis. Não pode acontecer o que se viu contra o Fortaleza, com Ferreirinha - talvez para fazer o Neto usar tanga - pegou a bola e foi cobrar
Nada da paradinha de Anitta. Foi mesmo uma paradona da Vila Isabel. Não foi telégrafo, foi sinal de fumaça. Tão ridícula quanto a outra - de Carelli contra o Sport - que mandou a bola para os céus, vencendo Elon Musk na corrida por Marte.
Zubeldia só merece ficar porque é mais barato do que um substituto.