OPERAÇÃO FAKE MONSTER

Lady Gaga e o atentado frustrado: quem são os autores e como agiam os extremistas

Uma operação da Polícia Civil e MJSP desarticulou um plano de ataque com motivações religiosas e ódio ao público LGBTQIA+; homem foi preso, adolescente apreendido e grupo operava com desafios violentos em redes sociais

Créditos: Felix Averbug/Ato Press/Folhapress
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) evitaram um atentado a bomba que ocorreria durante o show da artista Lady Gaga, que se apresentou na noite do último sábado (3). Veja o perfil dos acusados de planejar o crime:

Quem são os envolvidos na tentativa de atentado no show?

Ao todo, foi preso um homem, entendido como o articulador do plano, um adolescente foi apreendido como colaborador, e um suspeito foi indiciado. Foram 13 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

O articulador do plano, que estava no Rio Grande do Sul, tinha um viés de fanático religioso, e criou o plano de atentado com base na ideia de um “ritual de sacrifício”, e acreditava que a cantora Lady Gaga tinha uma “ideologia satânica”. Ele quem organizou o atentado e aliciava adolescentes via redes sociais, promovendo ideologias e conteúdos extremistas, contra minorias, em especial o público LGBTQIAP+, que estava em massa no show da cantora. Este mesmo homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

O adolescente apreendido no Rio de Janeiro armazenava pornografia infantil, além de participar do grupo extremista e ser colaborador do plano de ataque. Outro suspeito, que estava em Macaé (RJ), planejou múltiplos atentados e foi considerado um dos mais perigosos do grupo, já que pretendia executar uma criança ao vivo, em transmissão virtual, e foi indiciado por terrorismo e cooptação ao crime – além disso, também tinha um viés de fanático religoso, e dizia estar em “guerra espiritual” com Lady Gaga.

As informações divulgadas até então retratam apenas o perfil dessas três pessoas, porém foram 13 mandados de busca e apreensão cumpridos em três estados (RJ, RS, e MT). No RJ, 3 cidades (Niterói, Duque de Caxias e Macaé) receberam a ofensiva da operação de segurança; em São Paulo, também foram 3 cidades envolvidas (Cotia, São Vicente, Vargem Grande Paulista), e no Rio Grande do Sul e Mato Grosso foram uma cidade cada uma, São Sebastião do Caí e Campo Novo do Parecis, respectivamente.

Em resumo:

  • 01 homem foi preso no RS – ele era o articulador do atentado;
  • 01 adolescente foi apreendido no RJ – armazenava pornografia infantil, e iria colaborar com os planos;
  • 01 suspeito foi localizado no RJ e indiciado – ameaçou matar uma criança ao vivo, e foi indiciado;
  • 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no RJ, RS, e MT;

Entenda a operação da PCRJ e o MJSP: a Operação Fake Monster

Com o nome de Operação Fake Monster, uma rede criminosa digital foi desarticulada – com o responsável pelo plano sendo preso e um adolescente sendo apreendido. O plano era tratado como uma espécie de “desafio”, e diversos adolescentes foram aliciados e cooptados com conteúdo extremista e violento contra minorias, em especial o público LGBTQIAP+.

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