O Bahia vencia o Vitória por 2 x 0 na primeira partida da decisão do estadual. Aos 23 do segundo tempo, o Vitória diminuiu. Aos 32, Rogério Ceni, técnico do Bahia, trocou o atacante Taciano pelo zagueiro David Duarte. E o Vitória virou o jogo, com um gol aos 44 e outro aos 52 minutos.
Trocar um atacante por um zagueiro para garantir o resultado não é nada genial, mas também não é necessariamente um erro. Pode dar certo. Pode dar errado, como deu quando o São Paulo enfrentou o Ituano, recentemente.
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É difícil dizer, principalmente para quem não viu o jogo, como eu, que Rogério errou. Poderia ter dado certo. Um empate já daria enorme vantagem para a decisão. Não deu, o Vitória foi pra cima e virou. Não deu certo, mas, repito, difícil dizer que foi erro.
Difícil é aceitar a justificativa de Ceni no pós jogo. Disse que o elenco do Bahia não tem peças de reposição para manter seu modelo de jogo. E que, por cansaço dos jogadores o tal modelo se sustenta apenas por 70 minutos.
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É a velha tática de transferência de responsabilidade. Em vez de assumir o que fez, em vez de defender sua teoria, ele diz que foi obrigado a fazer o que fez porque o elenco foi mal montado.
Quem montou? Rogério disse que preferia elenco curto para dar minutagem (palavras dele) a mais jogadores.
Lembremos que o Grupo City, dono do Bahia, é milionário, investiu muito e tem muito mais dinheiro que o Vitória
Então, se Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro não aguentam, foi correto trazer Everton, de 35 anos, por um salário maior que a grande maioria dos times do eixo Rio São Paulo?
E vale a pena escalar quatro jogadores que não tem substitutos, tendo a certeza de que será preciso trocar?
Não há outro modelo? Outra solução?
O que salta aos olhos é que Rogério, uma vez mais, transfere responsabilidades. Se a troca de Taciano por David Duarte desse certo, o mérito seria dele. Como deu errado, a culpa é do elenco mal montado. Será que ele assume a culpa pela montagem?
Posso estar errado, mas se o Bahia tem dificuldade no campeonato baiano, vai sofrer muito no Brasileirão. Culpa de alguém, nunca de Ceni