Fábio é um injustiçado. Tem uma carreira sólida, construída há mais de 20 anos. Foram 150 jogos pelo Vasco, 976 pelo Cruzeiro - impediram que chegasse a mil e ficaram com Rafael Cabral - e mais 127 pelo Fluminense, nunca foi convocado para a seleção brasileira. Não falo em Copa do Mundo, nada disso. Ser convocado para um jogo ao menos. Só para lembrar: Alex Muralha foi chamado por Tite.
Agora, aos 43 anos, vive uma grande decisão. Estará no gol do Fluminense que enfrentará o Manchester City de Pep Guardiola na final do Mundial de Clubes. Uma digressão, não coloquem Guardiola e Diniz no mesmo patamar, na mesma frase....
O City apresenta ao Fluminense a teoria do cobertor curto, provada pelo Urawa Red Diamonds. Você pode ficar atrás e ser massacrado. Você pode se soltar, ir á frente e dar espaços generosos ao clube inglês.
Não há solução, então. Sim. Repetir o que São Paulo, em 2005, Inter, em 2006, e Corinthians, em 2012, fizeram. Um jogo seguro, um sistema defensivo bem montado, um gol em contra-ataque e uma atuação gigantesca do goleiro. No caso do Corinthians, não foi contra-ataque, o gol saiu após dois minutos de bola dominada.
Mesmo assim, Cássio foi o melhor em campo contra o Chelsea. Ele, que havia ganho a posição na fase final da Libertadores, começou a se firmar como o grande goleiro da história do clube.
O São Paulo, contra o Liverpool, teve um posicionamento estupendo de seus três zagueiros; Lugano, Edcarlos e Fabão. Nenhum craque, nenhuma bola perdida pelo alto. E coberturas bem feitas. E o que passou, Rogério pegou.
A defesa na cobrança de falta de Gerrard é icônica, inesquecível. Ele, que era um ídolo sem títulos, ganhou o primeiro importante e emendou com o tri brasileiro.
O Inter venceu o Barcelona em 2006 e Clemer foi muito seguro, mas longe do que fizeram Cássio e Ceni.
Foram três títulos por 1 x 0. Três títulos em que o goleiro foi fundamental. Se Fábio repetir a dose, a história poderá se repetir.