Augusto Melo, presidente do Corinthians, conseguiu uma liminar que impediu uma reunião do Conselho Deliberativo, que trataria de seu impeachment. A liminar pode ser cassada.
Há outro impeachment que começa a ser analisado. É um pedido do Conselho de Orientação, que reprovou as contas de Augusto no segundo trimestre de 2025.
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Mesmo com tantos problemas, ele tem grandes possibilidades de terminar seu mandato, que vai até o final de 2026. O motivo é simples: o afastamento deve ser referendado pelos sócios, em assembleia geral. E ele está forte.
Está forte porque conseguiu trocar o pneu do carro em movimento acelerado rumo ao precipício. No início do ano, quando assumiu, fez contratações que não deram certo e o Corinthians foi muito mal no Campeonato Paulista.
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Então, na janela do meio do ano, acertou muito. Sob o comando de Fabinho Soldado, executivo de futebol, vieram Hugo Souza, Carrillo e Memphis, que se juntaram a Garro e à recuperação estrondosa, quase ressurreição, de Yuri Alberto.
O time engrenou, conseguiu sete vitórias seguidas no Brasileirão e escapou do rebaixamento. Muito mais que isso: disputa hoje, com o Bahia, em casa, uma vaga para a Pré Libertadores.
O bom rendimento em campo aponta para um 2025 venturoso. O clube conseguiu ainda, na Justiça, um acordo para que cessem cobranças da dívida enorme, até que o clube apresente um plano de pagamento. Em paralelo, a vaquinha da torcida para pagamento da dívida do estádio está sendo um sucesso.
Há uma sensação de otimismo, o que fortalece Augusto. A decisão de brecar a ação de impeachment foi comemorada literalmente nos braços e ombros da torcida. Augusto vestia uma camisa da Democracia Corintiana. Justamente ele, apoiador de Ricardo Nunes. Mas, se fomos falar em política, lembremos que seu afastamento significaria a ascensão de Osmar Stabile, apoiador e financiador dele, Jair Messias Bolsonaro.
