Jovem tenta cancelar serviço de operadora de internet e descobre que “está morta”
A moradora de Iguape, no Vale do Ribeira (SP), tomou conhecimento do erro bizarro quando buscou atendimento presencial para cancelar serviço
Um caso insólito foi registrado no município de Iguape, no Vale do Ribeira, em São Paulo. Uma jovem, de 24 anos, teve uma grande surpresa quando decidiu cancelar os serviços de internet de uma operadora: foi considerada morta pela empresa.
Ela descobriu o erro bizarro somente no momento em que buscou atendimento presencial para cortar o serviço, depois de passar, sem sucesso, por canais digitais e telefônicos.
A jovem relatou que resolveu cancelar a internet depois de mudar de residência, pois passaria a dividir a conexão com uma amiga no novo endereço.
Diante da dificuldade para cancelar a internet por telefone ou digitalmente, a consumidora se dirigiu a uma unidade da empresa em Iguape, na segunda-feira (2).
No local, ela foi informada por uma atendente que constava a observação de “falecimento” no sistema. O aviso apontava, ainda, que seria preciso enviar um atestado de óbito por e-mail.
“Quando ela me mostrou aquilo, eu fiquei sem reação. Eu estava ali, pessoalmente, e no sistema constava que eu estava morta”, disse a jovem, em entrevista ao G1.
A operadora Alares, que adquiriu a Azza Telecom, divulgou uma nota em que reafirmou o compromisso com a transparência, qualidade e eficiência no atendimento aos clientes. A companhia destacou que, imediatamente, iniciou apuração interna e adotou medidas cabíveis para esclarecer os fatos.

O difícil percurso
A jovem contou que sua primeira tentativa de cancelamento foi em 27 de maio, por meio do WhatsApp comercial da empresa.
Ela relatou ter sido direcionada pelo atendimento a um número de telefone. Porém, as ligações não completavam. “Tentei de vários celulares diferentes, e a chamada não completava. Eles até pediram um vídeo da tela, mostrei o erro, mas nada foi resolvido”.
Persistente, tentou contato durante vários dias e falou com, pelo menos, três atendentes. Ela foi informada que o caso seria encaminhado a um responsável, que retornaria em até 48 horas, o que também não aconteceu. “Cheguei a receber ligações, mas todas de mensagens automáticas, sem relação com a empresa”, acrescentou.
As tentativas
Sem saber mais o que fazer, a jovem decidiu se dirigir até a unidade da empresa. Ela disse que, apesar de ter sido dada como morta no sistema da companhia, as cobranças continuaram normalmente.
“A conta não estava cancelada, e eu continuava sendo cobrada. Foi por isso que fui até a loja. Se eu não tivesse ido, não teria descoberto nada”, desabafou.
Depois disso, enfim, a atendente deu prosseguimento ao processo de cancelamento, que só foi concluído em seguida e por meio de mensagens.
A empresa confirmou para a cliente que o registro de falecimento foi resultado de um erro de preenchimento. “Disseram que seguiram um script e que a atendente anterior teria inserido as informações erradas”, completou.
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