Papa Francisco canonizou 3 santos envolvidos com a Baixada Santista; saiba quem são

O argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), deixando um legado de simplicidade e atualizando a prática real do evangelho, que prega tolerância e respeito a todos, indistintamente.

O que poucos sabem é que o pontífice canonizou três santos com algum tipo de ligação ou envolvimento com a Baixada Santista. Além disso, Francisco nomeou o bispo coadjutor para a Diocese de Santos quase dois meses antes de morrer.

Ainda durante sua última internação, já debilitado, mas lúcido, o Papa nomeou Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães como bispo coadjutor da Diocese de Santos, atendendo pedido apresentado por Dom Tarcísio Scaramussa, bispo diocesano da cidade.

O Papa Francisco, ao longo de seu pontificado, canonizou os seguintes santos ligados, de alguma forma, à Baixada Santista: André de Soveral, que nasceu em São Vicente; Madre Teresa de Calcutá, que teve o que foi considerado seu segundo milagre a um caso em Santos; e José de Anchieta, que viveu em Itanhaém durante o século XVI, de acordo com reportagem do G1.

Francisco ainda pediu para seus fiéis, em 2023, se inspirarem em Santa Josefina Bakhita, canonizada em 2000 após suposto milagre em Santos.

André de Soveral

Nascido em 1572 em São Vicente, na Baixada Santista, o padre André de Soveral foi canonizado por Francisco em uma cerimônia no Vaticano, realizada no dia 15 de outubro de 2017.

O religioso morreu, em 1645, ao defender a Igreja e o catolicismo. Ele foi, inicialmente, beatificado em 2000 pelo Papa João Paulo II. Já o processo com a solicitação para acelerar a canonização foi encaminhado para o Vaticano em 2015. Finalmente, em março de 2017, a Igreja Católica autorizou a elevação de André de Soveral para santo.

Segundo a Igreja, André se tornou sacerdote jesuíta na juventude em São Vicente. Porém, se mudou para o Rio Grande do Norte, onde virou padre diocesano.

Madre Teresa de Calcutá

Conhecida mundialmente, a Madre Teresa de Calcutá foi canonizada pelo Papa Francisco em 2016. Ela nasceu em uma família albanesa na Macedônia, fundou a própria congregação e resolveu se dedicar, durante mais de quatro décadas, aos pobres e doentes.

Sua ligação com a Baixada Santista está no que foi considerado pelas Igreja como seu segundo milagre. O que possibilitou sua canonização foi a suposta cura de um morador de Santos, em 2008.

O homem que havia sido diagnosticado com hidrocefalia (acúmulo de líquido no crânio) e oito abscessos (infecções) espalhados pelo cérebro, se curou depois que a esposa pediu ajuda a Madre Teresa com um livro de orações e uma novena em louvor a ela.

José de Anchieta

Apesar de ter nascido na Espanha, José de Anchieta foi padroeiro do Brasil. Ele se tornou santo, canonizado pela Papa Francisco em 2014.

Anchieta desembarcou no Brasil em 1553 e percorreu o litoral paulista, catequizando e batizando indígenas. Viveu em Itanhaém entre 1563 e 1595, o que fez com que a cidade ficasse conhecida como a “Terra de Anchieta”.

A nomeação

Dom Joaquim Giovani Mil Guimarães, de 65 anos, foi nomeado, pelo Papa, bispo coadjutor da Diocese de Santos. Francisco solicitou sua transferência da função de bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte, em Minas Gerais, no dia 24 de fevereiro de 2025.

Francisco, na ocasião, estava internado no hospital Gemelli, em Roma, capital da Itália. Porém, ainda trabalhava e se mantinha informado lendo jornais, conforme informava o Vaticano.

“A Diocese de Santos acolhe com muita alegria a nomeação, deseja a Dom Joaquim as boas-vindas a esta diocese e pede a Deus que lhe conceda as graças necessárias para realizar a missão que lhe é confiada”, publicou a Diocese, à época, nas redes sociais.

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