Petrobrás identifica indícios de petróleo na Bacia de Santos
A descoberta de hidrocarbonetos no pré-sal da Bacia de Santos se encontra a uma profundidade de 1.759 metros
A Petrobrás divulgou ter descoberto hidrocarbonetos no pré-sal da Bacia de Santos, localizada a 245 km da cidade. Na prática, significa que há petróleo ou gás natural no local.
A identificação foi feita em um poço exploratório no bloco Aram, denominado 4-BRSA-1395-SPS, que fica a uma profundidade de 1.759 metros.
A empresa relatou, ainda, que o poço está em fase de perfuração. Os trabalhos revelaram indícios de hidrocarbonetos, detectados por intermédio de perfis elétricos, sinais de gás e amostragem de fluído.
Agora, os dados preliminares serão analisados por meio de estudos laboratoriais, que apontarão as próximas fases da exploração. A Petrobrás dará prosseguimento às operações de perfuração até a profundidade planejada. O objetivo é identificar com precisão as condições dos reservatórios encontrados e avaliar o potencial produtivo da região.
O bloco Aram foi adquirido em março de 2020, durante a sexta rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). É considerado um ativo estratégico para a exploração do pré-sal na Bacia de Santos.
Sob o regime de Partilha de Produção, o consórcio é liderado pela Petrobrás, que detém 80% de participação, com a empresa CNPC (China National Petroleum Corporation) responsável pelos outros 20%.

Royalties para Santos
A possível exploração de petróleo e gás natural no local pode, no futuro, render milhões de reais à prefeitura de Santos em royalties e participações especiais.
Esses recursos, preferencialmente, deverão ser investidos no setor da educação (50%), além de infraestrutura, como saneamento básico e fornecimento de água potável, além de ações de proteção ao meio ambiente.
Os royalties são pagos mensalmente pela empresa que explora a produção, enquanto as participações especiais são pagas a cada trimestre.
A Petrobrás não informou se há previsão para o início da produção no local, de acordo com reportagem de Nilson Regalado e Pedro Henrique Fonseca, no Diário do Litoral.
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