O Fórum de Efetivos do Sistema Petrobrás, espaço de interlocução dos petroleiros com a empresa sobre a recomposição dos quadros de trabalhadores próprios, será reativado, nesta quinta-feira (6), em evento com representantes da Petrobrás, da Federação Única de Petroleiros (FUP) e da Federação Nacional de Petroleiros (FNP).
Essa é a primeira reunião do Fórum de Efetivos após quase dez anos. Após a diretoria da Petrobrás anunciar, em 2016, o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), que acelerou o processo de desmonte da empresa, o evento nunca mais foi realizado e só voltou a fazer parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em 2023, na primeira campanha reivindicatória do novo governo Lula.
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No evento, tanto a FUP quanto a FNP pretendem fazer uma apresentação conjunta levando aos gestores da empresa a visão dos trabalhadores. As entidades sindicais querem negociação permanente para planejamento da recomposição dos quadros da empresa. Para as entidades sindicais, essa recomposição dos efetivos próprios da Petrobrás e suas subsidiárias precisa ser negociada coletivamente, de forma planejada, tendo como referência estudos e normas que atendam às reais necessidades de segurança operacional das unidades, priorizando o bem-estar e a saúde dos trabalhadores.
“A Petrobrás tem um papel importantíssimo no desenvolvimento nacional e na transição energética. É fundamental que a reconstrução da empresa ocorra com segurança e valorização dos trabalhadores”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. Ele destacou que o Fórum de Efetivos é reativado em momento crucial em que a Petrobrás anunciou que vai contratar este ano 1.780 trabalhadores de nível técnico do cadastro de reserva do concurso público realizado no segundo semestre de 2023.
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Previsão para o primeiro semestre
A previsão é de que mais de 700 profissionais sejam chamados no primeiro semestre. Segundo Bacelar, "o ingresso de novos empregados é um avanço, resultado da pressão das entidades sindicais, mas ainda há muito a ser feito. O número de petroleiros convocados nos últimos concursos públicos, principalmente para os quadros técnicos das unidades operacionais, ainda está muito abaixo do necessário”, acrescentou ele.
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