Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), a presidente da Petrobrás disse que o preço de novas plataformas para a extração de petróleo é "intolerável", e a empresa deve investir em plataformas desativadas para aumentar sua produção.
Magda Chambriard tomou posse na presidência da Petrobrás em junho de 2024, e anunciou, na ocasião, o início da operação do FPSO Maria Quitéria — um navio-plataforma com capacidade de produzir até 100 mil barris de petróleo por dia, instalado na região do pré-sal da Bacia de Campos (e que hoje corresponde a cerca de 40% de toda a produção do campo).
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Na segunda (14), durante a entrevista com jornalistas, Chambriard afirmou que é preciso ser criativo para as soluções de exploração do petróleo, "sob pena de deixar para trás uma enorme reserva" disponível da commodity, "algo que a Petrobrás nem pensa em fazer".
A empresa está estudando, agora, a viabilidade de plataformas desativadas para aumentar a produção de petróleo brasileiro, embora a transição energética também esteja na pauta do governo.
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De acordo com Chambriard, a Petrobrás deve trabalhar em projeto conjunto com a Vale para descarbonizar ambas as empresas.
E, mesmo após a transição energética, a Petrobrás vai continuar a ser uma empresa de energia, afirmou o presidente Lula durante a posse de Chambriard, em junho; ela deve continuar "refinando biodiesel, produzindo hidrogênio verde e [trabalhando em] outras soluções sustentáveis".
Em julho deste ano, de acordo com a Agência Brasil, a produção de petróleo e gás natural da Petrobrás cresceu 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com a entrada de 12 novos projetos de extração, inclusive o FPSO Maria Quitéria, que teve sua inauguração adiantada (a plataforma estava prevista para iniciar suas operações em 2025).