cultura

Nunes sofre revés na Justiça depois de demolir teatro em São Paulo

Ação de Luciene Cavalcante, Carlos e Celso Giannazi é aceita pelo Tribunal de Justiça da capital

Escrito em SP el
Jornalista formado pela Escola de Jornalismo da Énois e cientista social pela USP. Já publicou em veículos como The Guardian, The Intercept, Hypeness, UOL e Carta.
Nunes sofre revés na Justiça depois de demolir teatro em São Paulo
Acervo do teatro Vento Forte foi demolido. Reprodução/Instagram

Uma ação movida pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) e pelo vereador Celso Giannazi (PSOL-SP) foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

A partir desta sexta-feira (10), a gestão Ricardo Nunes tem 10 dias para fazer um inventário dos bens que podem ser recuperados do Teatro Ventoforte, demolido de maneira arbitrária pela prefeitura em 13 de fevereiro de 2025.

O local, reconhecido como patrimônio cultural e tombado pelo Condephaat, foi derrubado sem aviso prévio, gerando mobilização de artistas, ativistas e políticos.

Na liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, a prefeitura será obrigada, em um prazo de dez dias, a realizar "a arrecadação e o inventário de tudo o que for localizado nos escombros do antigo teatro, em condições de ser identificado, o que deverá ser objeto da lavratura de minudente auto, integrado por reportagem fotográfica dos objetos catalogados", diz a sentença.

Além disso, a gestão Nunes terá que guardar "todos os bens inventariados, de maneira segura, para depósito do próprio poder público municipal, onde ficarão sob a guarda identificada de um servidor, que assinará auto de entrega dos bens".

A decisão foi concedida pelo juiz Luiz Sérgio Fernandes de Souza.

Em fevereiro, a Prefeitura de São Paulo afirmou que "a área foi construída sem autorização da administração e era utilizada de forma irregular para comércio e estacionamento pago", e que os responsáveis foram avisados com antecedência.

"Ainda durante a operação, não foram constatadas ações culturais no espaço mencionado. A área foi construída sem autorização da administração e era utilizada de forma irregular para comércio", dizia a nota da prefeitura.

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