Novamente aposentados (as) e pensionistas que recebem benefícios do INSS acima do salário mínimo são prejudicados pelo reajuste anual, que acontece em janeiro.
Enquanto o salário mínimo tem, de forma justa, aumento acima da inflação registrada no ano anterior, os vencimentos superiores ao piso nacional são corrigidos pelo índice inflacionário, o que resulta em perdas consideráveis.
Em 2025, os aposentados que recebem acima do salário mínimo tiveram os seus benefícios reajustados em 4,77%. O reajuste foi baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Já quem recebe o piso teve reajuste de 7,5%.
Diante dessa situação, o Sindnapi tem mantido ações constantes junto ao governo federal e ao Congresso Nacional para corrigir essa distorção, que causa um achatamento dos benefícios aproximando todos do piso pago pela Previdência Social. Tanto que lançamos uma campanha nacional em apoio ao Projeto de Lei 1468/23 do deputado Pompeo de Matos (PDT/RS) que concede reajuste de 5% a cada cinco anos de aposentadoria.
Essa prática atual de correção dos benefícios, além de injusta, afeta diretamente a qualidade de vida dessa população.
As perdas já superam 30% em 15 anos. É preciso lembrar que a Constituição assegura o reajuste das aposentadorias para preservar-lhes, de maneira permanente, o valor real, mas infelizmente essa determinação não tem sido obedecida.
Para se ter uma ideia, somente em 2024, mais de 300 mil aposentados, que recebiam acima, passaram a receber um salário mínimo. Isso ocorre todos os anos. Com a diferença do reajuste, ocorre um achamento dos benefícios maiores. Com o tempo esses valores chegam ao mínimo.
Hoje, de acordo com o INSS, são pagos pouco mais de 40,6 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais mensalmente. Desse total, 34.306.589 milhão são de aposentados ou pensionistas.
Já o número dos que recebem um salário mínimo é de 28,2 milhões, ou 83% do total. Os que ganham acima do piso nacional somam 12,3 milhões de benefícios (36%).
Essa situação é insustentável. Não vamos aceitar sua continuação e manteremos a pressão, com apoio dos associados, para que haja mudança nos reajustes, com aumentos acima da inflação do ano anterior para todos.
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.