Um grande ato na rua em São Paulo no dia 1º de Maio com trabalhadores, centrais sindicais, movimentos sociais e políticos do PSB, PCdoB, PSol, PV, Rede e Solidariedade, que compõem a frente ampla, além de quadros progressistas do MDB e do PSD, como os senadores Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA), que ganharam notoriedade na CPI da Covid-19.
Este é o cenário sonhado - e trabalhado - pela campanha e por políticos para o lançamento da sexta candidatura de Lula (PT) à Presidência da República, que pode levar o retirante nordestino ao terceiro mandato no Palácio do Planalto.
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Fontes ouvidas pela Fórum afirmam, no entanto, que o atraso nos preparativos se dá justamente pela indefinição de Geraldo Alckmin, que deve ser apresentado como vice ao campo progressista no ato.
Sem partido, o ex-governador estica ao máximo o prazo para filiação na janela partidária - que fecha em 1º de abril. Ex-tucano, Alckmin tem convites do PSB (o destino mais provável), PV e Solidariedade.
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Lula pretende lançar a pré-candidatura ainda em abril, após o fim da janela partidária. Mas, do tempo escasso para preparação do evento teria surgido a ideia de abrir a campanha em um dia simbólico: o Dia do Trabalhador. Até lá, a campanha petista trabalha para agregar o maior número de apoiadores, incluindo buscando atrair setores do centro, além de movimentos religiosos e sociais com viés progressista.
Força nas ruas
O ato de lançamento da candidatura Lula sido planejado de forma a mostrar a força do ex-presidente nas ruas, apelando para a memória da militância ao lembrar os grandes discursos do petista desde os tempos de sindicalista às campanhas de 2002 e 2006, quando Lula reunia multidões por onde passava.
O objetivo é também afastar o discurso de adversários, de que o ex-presidente, recluso durante a pandemia, não teria capacidade de mobilização popular.
Lula deve concentrar seu discurso nas propostas de recuperação do país, destruído após o golpe. Ao mesmo tempo, deve recordar os tempos em que esteve à frente do governo e sua gestão na economia, que permitiu a ascensão social de milhões de brasileiros, que podiam "fazer churrasco e tomar cerveja" aos finais de semana.
A ideia é que o lançamento da campanha seja mais propositivo, deixando os ataques para embates futuros com Bolsonaro nos debates - caso o adversário compareça.