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Alane, ex-BBB 24, é atacada após criticar "PL do estupro"

A dançarina se tornou alvo de ódio depois que publicou um vídeo onde alerta para os perigos do PL 1904, que visa equiparar o aborto ao homicídio

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Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
Alane, ex-BBB 24, é atacada após criticar "PL do estupro"
Alane, ex-BBB 24, é atacada após criticar "PL do estupro". Reprodução redes sociais

A ex-BBB Alane Dias publicou nesta sexta-feira (14), em suas redes sociais, um vídeo onde critica o PL 1904/24, que ganhou a alcunha de "PL do estupro", e chamou a atenção para o fato de que o projeto em questão visa criminalizar mulheres vítimas de estupro.

No entanto, após publicar o vídeo com críticas contundentes ao "PL do estupro", Alane perdeu mais de 50 mil seguidores e passou a ser atacada nas redes. Por causa disso, os admiradores da dançarina e ex-confinada do BBB 24 subiram a tag "Alane estamos com você".

Ao tomar conhecimento da campanha de apoio, Alane agradeceu. "É bom demais sentir o amparo de vocês", escreveu.

VÍDEO: Alane detona "PL do estupro"

 

A ex-integrante do BBB 24, Alane Dias, usou suas redes sociais para mobilizar as pessoas a se posicionarem contra o PL 1904, apelidado de "PL do estupro", e também para alertar sobre o teor do texto que está sendo discutido na Câmara dos Deputados.

"Existe um projeto chamado PL 1904 que proíbe que mulheres e crianças, vítimas de estupro, possam realizar um aborto. Vocês conseguem ver o quanto isso é grave?", inicia Alane.

Em seguida, a ex-BBB critica a inversão de valores presente no "PL do estupro". "Esse PL basicamente obriga que a vítima seja mãe do filho de um estuprador. O aborto em caso de estupro no Brasil é direito da vítima e esse projeto de lei vem justamente para modificar uma lei que já existe, ou seja, algo que foi feito para amparar essas mulheres agora visa criminalizá-las. A gente não pode deixar isso acontecer."

"Os políticos deveriam estar preocupados com os números assustadores de violência sexual que acontecem diariamente no nosso país e não em criminalizar uma vítima. Até porque a pena de um estuprador é de até 10 anos e, de acordo com esse projeto de lei, a pena da vítima seria de 20 anos. Ou seja, a pena da vítima passa a ser maior do que a pena do estuprador", afirma Alane.

Em seguida, Alane afirma que o PL 1904 "é um baita retrocesso no direito das mulheres e a gente pode contribuir para que isso não aconteça [...] criança não é mãe e estuprador não é pai".

Confira abaixo a íntegra da declaração de Alane Dias: 

 

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