Galvão Bueno quer limitar estrangeiros no futebol brasileiro. Bobagem

Galvão Bueno nunca delimitou a narrar futebol. Sempre teve opinião forte sobre o esporte. Contar com ele sempre foi fundamental para que treinadores da seleção se mantivessem no cargo. E ele, o cargo, ficava a perigo quando Galvão começava a criticar incessantemente.

Era uma espécie de voz oficial do futebol brasileiro. Principalmente porque suas opiniões eram emitidas pela Rede Globo, um canhão.

Agora, narrando na Amazon  e tendo um programa semanal na Bandeirantes talvez suas ideias não alcancem tanta repercussão.

É o que veremos, porque, com certeza, ele não vai deixar de lado o seu direito de opinar.

Foi o que ele fez durante o jogo Fluminense x Santos. Disse algumas vezes que existe um número muito grande de "gringos" no futebol brasileiro. Reclamou que o Flamengo havia entrado em campo com seis estrangeiros e cinco brasileiros. E decretou que seria preciso instalar algum tipo de controle para evitar o que ele chama de excesso.

Em seguida, apontou a causa: 

"Tem uma questão financeira. Os jogadores vêm atrás de ganhar mais, pode até pagar menos para eles do que um grande craque daqui… eu confesso que não gosto!”

Ora, o futebol não pode viver longe da sociedade. Não é diferente. Ninguém pode proibir alguém de, em busca de melhores condições de vida, buscar trabalho em outro país. A pessoa, médico, jornalista, engenheiro, jogador de futebol, pode vender sua força de trabalho o de existir quem pague por ela.

O Brasil está para a América do Sul como a Europa está para o Brasil. É mais forte economicamente e é mais atrativo financeiramente. Os grandes jogadores uruguaios vão para a Europa, depois vão para o Brasil e no Uruguai só ficam os sem mercado. É a força do dinheiro.

A vinda de estrangeiros pode atrapalhar o futebol brasileiro? Pode impedir o aproveitamento de nossas revelações? Não acredito. Os melhores jogarão, sem dúvida. Até irem para a Europa, buscando lá o que estrangeiros menos talentosos buscam aqui: dinheiro