Não é azar

O nome do sapo é Casares. Júlio Casares

Presidente do São Paulo vende ilusões futuras enquanto o clube se afunda em dívidas

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
O nome do sapo é Casares. Júlio Casares
Casares comanda o São Paulo endividado. Reprodução Instagram

Calleri teve ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito. Só volta em 2026. Vai fazer recuperação ao lado de Luiz Gustavo, que sofreu tromboembolismo pulmonar. Lucas e Oscar também estão contundidos, assim como Pablo Maia, que voltará em breve.

Há um sapo enterrado no Morumbi. Talvez mais de um, dizem os torcedores.

Misticismo a parte, o grande culpado pelo atual momento do São Paulo é o presidente Júlio Casares, que não tem nada a ver com as contusões, claro.

Casares é homem de marketing. Um vendedor de ilusões. Em 2006, chegou a dizer que, em dez anos, o São Paulo passaria a ter mais torcida que o Corinthians. Quando a bobagem não se materializou ele culpou seus sucessores no marketing, que não levaram em frente uma parceria de licenciamento com a Warner Bross. A culpa passou a ser do Pernalonga.

Ele gosta de repassar responsabilidades, de culpar os outros. Só que ele faz parte de todas as últimas diretorias. Era apoiador e parceiro de Leco, de quem diz ter recebido uma herança maldita.

E o que fez com ela? Aumentou a dívida. Em três das quatro anos de sua gestão,o clube teve déficits. O último foi de R$ 287 milhões, que elevaram a dívida a R$ 968 milhões.

E o que ele fala? Que o clube conseguiu um contrato de patrocínio que ATÉ 2030 pode render R$ 1 bilhão ao clube. Desde que vença Libertadores, Copa do Brasil etc.

Ele fala também que ATÉ 2030, há a possibilidade de R$ 2 bilhões de patrocínio.

O buraco é agora, um problema do presente. E ele fala do futuro.

A realidade é que o São Paulo correu até a Conmebol para pedir adiantamento da cota pelo jogo contra o Alianza Lima e pela vitória contra o Talleres. É preciso pagar os jogadores. O prêmio pelo sexto lugar no último Brasileiro ainda não foi pago. Direitos de imagem também.

Casares disse que os três primeiros anos de sua gestão seriam para ganhar títulos e os três últimos para pagar dívidas.

Só que ele foi eleito para apenas três anos. Depois, mudou o estatuto. 

Será que ele fala inverdades desse tipo sem pensar ou pensa que todo mundo esquece?

Casares não é sapo. Não dá azar. Azar não existe quando a competência impera. Não é o caso até agora, no seu quarto ano de mandato.

 

 

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