Depois de duas décadas de briga na Justiça, a empresa Xuxa Promoções e Produções, pertencente à apresentadora Xuxa Meneghel, foi condenada a pagar R$ 40 milhões de indenização por apropriação indevida de personagens da “Turma do Cabralzinho”.
Tudo começou quando o publicitário Leonardo Soltz, de Minas Gerais, acusou a empresa de plagiar seus personagens, que se referiam aos 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. A decisão foi homologada pela Justiça do Rio de Janeiro e oficializada nesta quarta-feira (13).
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O valor da indenização foi determinado depois da realização de uma perícia minuciosa. A apuração considerou a circulação da revista publicada, reproduções de imagens e outros lucros provenientes da utilização dos personagens em questão.
Soltz alegou, no processo, que sua criação foi replicada em um projeto pela empresa de Xuxa. Os personagens infantis Cabralzinho, Bebel, Quim, Purri e Caramirim foram concebidos em 1997, com o objetivo de se tornarem “mascotes oficiais do descobrimento”, que completaria 500 anos em 2000.
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O personagem Cabralzinho, apaixonado por Bebel, era o líder da turma, enquanto Quim atuava como seu braço direito, tendo como confidente o papagaio Purri. Caramirim representava um indígena amável, mas desconfiado. Cabralzinho representava Pedro Álvares Cabral, considerado o “descobridor do Brasil”.
O que diz o publicitário
O publicitário afirmou que apresentou o projeto, em 1998, a uma representante da empresa de Xuxa, que teria rejeitado a proposta.
Porém, em 1999, Soltz destacou que foi surpreendido quando viu a criação de personagens semelhantes pela Xuxa Promoções e Produções, que obteve lucro com eles. A decisão cabe recurso, de acordo com a coluna de Ancelmo Gois, no Globo.