CIDADE

Sem ruas e sem carros, “Veneza dos Países Baixos” encanta pela simplicidade

Toda a locomoção do centro de Giethoorn, apelidada de "Veneza do Norte", uma pequena cidade formada por canais e casas de vila nos Países Baixos, é feita de barco

Giethoorn.Créditos: TripAdvisor/reprodução
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Um vilarejo na província holandesa de Overijssel tem uma estrutura diferente de tudo que você já viu: é uma cidade sem ruas.

Toda a locomoção do centro de Giethoorn, apelidada de "Veneza do Norte", uma pequena cidade formada por canais e casas de vila nos Países Baixos, é feita de barco.

Não se pode nem bem usar bicicletas: todas as "ruas" a interligar pontos da cidade são, na verdade, canais, e o acesso é feito por pequenas embarcações que circulam por ali com locais e turistas.

Barcos em Giethoorn.
Créditos: Wikipedia

Fundada por volta de 1230 d.C. e tornada parte de uma municipalidade provinciana em 1973, Giethoorn é considerada, hoje, uma atração turística, tornada famosa principalmente após ter sido a localidade das gravações de Fanfare, comédia de 1958 dirigida pelo cineasta holandês Bert Haanstra.

A 120 km de Amsterdã, numa viagem que pode ser feita de trem, ônibus ou carro (e dura, em média, duas horas), a pequena cidade fica perto de um parque nacional com uma das maiores áreas de pântano da Europa: Weerribben-Wieden.

Barcos transitam pelos canais que formam Giethoorn.
Créditos: TripAdvisor/reprodução

No inverno, os canais de Giethoorn congelam. É só então que as pessoas podem usar um transporte diferente: elas patinam sobre a água congelada.

Mas, no verão e na primavera, quando os canais estão a pleno vapor na passagem de pequenos barcos cobertos, a cidade fica em tons de um verde-vivo e pacífico, quase uma vila de contos de fada. As pontes de madeira tornam tudo mais bucólico, e o fato de não haver carros faz da cidade mais silenciosa.

As casas são feitas com telhados de palha, têm jardins de hortênsias coloridas e árvores frondosas nas suas imediações, e um museu local se destaca como uma das atrações para quem quer mergulhar na vida local de seus habitantes.

O Museu Giethoorn 't Olde Maat Uus recria cenários de pescadores, coletores de trufas e artesãos na história de Giethoorn.

Um outro museu, mas agora geológico, o De Oude Aarde, expõe cristais, fósseis e outros minerais raros encontrados na região.

Como se pode imaginar, as principais formas de turismo de Giethoorn são os passeios de barco pelo centro, que oferecem guias de exibição histórica da vila.

Mas, no entorno do centro, onde os campos se espalham, é possível andar de bicicleta, cortando a vegetação rala e os moinhos, e algumas pontes de madeira erguidas sobre mais canais.

Lojas locais vendem cerâmicas e outras peças de artesanato feitas localmente.

Na primavera, o clima ameno e a vista de uma paisagem verde por toda a vila são charmosos para o turismo de passagem na região.

O verão é ideal para os passeios de barco, e é quando a cidade fica mais cheia, com turistas e eventos.

No outono e no inverno, a cidade ganha um aspecto mais aconchegante, e os canais começam a congelar. A patinação no gelo é uma tradição holandesa.

E a origem dos canais é um dos fatos mais inusitados sobre a cidade: no século XIII, trabalhadores que extraíam trufas da terra na região, conhecida por essa atividade, acabaram criando depressões no solo que iam gradualmente sendo preenchidas por água, que hoje integra o centro de Giethoorn como se fosse Veneza.

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