A drag queen Pabllo Vittar deixou de seguir o funkeiro Jerry Smith no Instagram após o cantor se envolver fazer comentários transfóbicos sobre Wanessa Wolf, nesta segunda-feira (23).
A polêmica teve início com um story que Jerry Smith compartilhou em seu perfil, onde um líder religioso diz que “raspar as pernas não é coisa de homem” e o funkeiro concordou, ao escrever: “Entendeu família? Tá na Bíblia”.
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Em seguida, Smith republicou um vídeo onde as influencers e mulheres transsexuais Wanessa Wolf e Jéssica Oliveira contam sobre um caso de transfobia que sofreram ao tentarem acessar um banheiro de shopping.
Na ocasião, uma senhora questionou as duas de estarem utilizando o banheiro feminino e chamou um segurança para retirá-las, alegando que “há dois homens no local”.
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“Ela chamou eu e a Jéssica de homem e agora tá querendo fugir da polícia”, disse Wanessa.
Jerry Smith compartilhou o registro da situação e escreveu: “Fiquei na dúvida também família… rs… E vocês?”.
A situação gerou revolta entre os fãs do cantor e os internautas, que cobraram um posicionamento do funkeiro. Pabllo Vittar, que possui um single com Jerry, chamado “Clima Quente”, deixou de segui-lo na rede social.
Após a grande repercussão, Smith compartilhou uma série de vídeos se explicando frente às acusações de homofobia e transfobia. De acordo com ele, as pessoas o interpretaram errado em ambas as publicações.
“Eu quis ser sarcástico. Eu postei [...] a legenda e dei risada. Eu não concordo com ele, [...] mas acabei me expressando errado [...] Não sou homofóbico, não sou transfóbico [...]”, afirma Jerry Smith.
Quanto ao vídeo de Wanessa Wolf e Jéssica Oliveira, a justificativa do cantor foi ambígua pois, embora ele tenha afirmado ser contra a transfobia, o funkeiro reproduziu o preconceito ao se explicar.
“Sobre a parada do banheiro, eu quis falar aquilo porque eu tenho medo de algumas pessoas se aproveitarem da palavra “trans” e se aproveitarem das mulheres. É a minha opinião, mas não sou transfóbico, de maneira nenhuma”, conclui ele.
Outro ponto levantado por Jerry seria sua colaboração com Pabllo Vittar. Ela, que é uma drag queen, ou seja, um homem que se expressa artisticamente através dos comportamentos e aparência, geralmente atribuídos ao gênero feminino, foi mencionada como um argumento de defesa do cantor.
“Sobre pra galera falando aí que eu sou transfóbico, se eu fosse transfóbico nem com a Pabllo Vittar eu gravava”, finalizou o funkeiro.
Para ele, seu comentário foi infeliz, mas expressa uma opinião que o mesmo acredita ser "relevante". Jerry termina seus relatos reforçando uma publicação que fez a favor do casamento gay e ainda se retrata por ter utilizado o termo "trans" de forma errada.
"Acabei errando, a Pabllo não é trans, [...] também não dá pra saber tudo, né?! Mas vocês entenderam o que eu quis falar, né meu?!