Embora seja uma pauta muito levantada pela comunidade LGBTQIAPN+, ainda há muita ignorância em torno do tema “pronomes”. Desde os pronomes pessoais, até a empregabilidade do pronome neutro, o fato é que as polêmicas sobre o assunto costumam ser consequência da falta de conhecimento sobre o mesmo.
Matheus Mazzafera, apresentador de televisão e youtuber, realizou uma trend do TikTok com famosos, onde aborda as pessoas e questiona por qual pronome ela se reconhece, em um evento, na última sexta-feira (20).
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Esse formato de vídeo começou a viralizar com criadores de conteúdo menores, onde os entrevistados costumavam ser trabalhadores humildes. Os vídeos continham um tom de sarcasmo, a fim de desmoralizar a discussão sobre a utilização de pronomes.
Ao mesmo tempo em que se tornou uma sátira, o compartilhamento desse tipo de vídeo também trouxe à tona a ignorância das pessoas frente ao tema. Com a versão de Mazzafera, fica explícito que a desinformação não está ligada à classe social.
Dentre as celebridades, estão Camila Loures, Gabi Martins, Rita Cadillac e Kerline, ex-participante do BBB 21. As respostas divergem entre bordões famosos das personalidades, seus times de futebol, seus apelidos íntimos, seus sobrenomes e outras respostas sem sentido.
“Amigo, eu nunca parei pra pensar nisso… pronome… depois de alguns drinks na cabeça, eu não sei o que te dizer”, disse uma delas.
A ativista e palestrante transexual, Rô Vicentte, se pronunciou sobre o vídeo, que tomou as redes sociais no último fim de semana. Sua reflexão provocativa escancara a falta de consciência social sobre o respeito com o nome social de pessoas transexuais.
“Não adianta ter amigas trans, ser LGBT, ser de esquerda, [...] se você não sabe o mínimo quando falamos sobre gênero, você é transfóbico”, disse ela.
A cantora Naiara Azevedo, quando questionada se é uma mulher cis, acaba respondendo sobre sua orientação sexual, algo que reforça a perspectiva de Vicentte.
“Eu acho isso tudo tão preocupante [...], enquanto estamos aqui lutando para sermos respeitados e termos o direito de sermos reconhecidas por pronomes e nomes que nos identificamos, a cisgeneridade ri de um direito básico que para eles nunca fez diferença”, completa a ativista.