Que porrada, Argentina!
Os campeões do mundo mostraram grande superioridade tática e técnica contra o Brasil, do valentão Raphinha. 4 x 1 foi pouco.
Raphinha, que tem sido o melhor jogador brasileiro, prometeu gol e porrada nos argentinos. Não houve porrada. Houve um domínio total dos atuais campeões do mundo. Um baile tático e técnico.
O futebol argentino, através de sua história é conhecido pelo "toco y me voy". Muitos passes trocados, recebo aqui e me desloco ali. Um estilo diferente do brasileiro, baseado também em dribles e projeção de laterais.
Contra o Brasil, eles entraram com cinco meio campistas de muito bom nível: Paredes, Fernandez, MacAllister, Almada e Rodrigo de Paul. Na frente, Julian Álvarez, de muita mobilidade.
Com espaço,podem fazer miséria. E o Brasil deu todo o espaço que gostariam. Raphinha, o valente. Rodrigo, Matheus Cunha e Vini Jr jogavam bem adiantados, sem recomposição.
André e Joelinton ficavam sós contra todos.
O palco estava montado. Com três minutos, a Argentina tinha 86% de posse de bola. Trocou passes. Almada serviu Álvarez e...1 x 0. A torcida, que não é boba, gritou olé.
Aos 12, eles vieram de novo. Sete passes envolvendo seis jogadores. Cruzamento da direita e gol de Enzo Fernandez.
Nos dois gols, o último toque para o argentino marcar veio de Murillo, totalmente perdido.
O Brasil suspirou aos 29, quando Matheus Cunha tirou a bola de Romero e marcou. Houve uma pequena pressão do Brasil, mas aos 36 minutos, o toque toque funcionou novamente e MacAllister fez o terceiro.
Até então, a Argentina tinha 66% de posse de bola. Havia trocado 394 passes contra 157 do Brasil.
Dorival Jr precisava recompor o meio campo, igualar o número de jogadores. Mas o jogo estava contaminado. Era preciso correr atrás. E ele nem tem um meia no banco.
Então, trocou seis por meia dúzia. Endrick no Rodrigo. João Gomes no Joelinton e Leo Ortiz no Murillo.
Nada mudou.
Apenas o quarto gol, de Simeone, surpreendendo Marquinhos e Arana, que jogaram muito mal.
Foram 12 finalizações contra três. Seis escanteios contra nenhum. 557 passes contra 422. E 56% de posse de bola.