Sem Endrick, apenas com "bailarinos", Dorival corre riscos de demissão
Seleção terá Neymar, Rodrigo, Raphinha e Vini Jr contra Colômbia e Argentina, mas falta um centroavante
Dorival verbalizou o óbvio: os dois próximos jogos do Brasil pelas Eliminatórias serão "dificílimos". Colômbia em casa e Argentina fora. No primeiro turno, duas derrotas, que somadas a outra derrota contra Uruguai e empate com Venezuela ocasionaram a queda de Fernando Diniz.
O Brasil está em quinto lugar e seis se classificam. E o sétimo vai para repescagem. Não há perigo de ficar fora, mas há o perigo de ser demitido em caso de duas derrotas ou até de empate e derrota.
E Dorival optou por enfrentar tantos perigos sem a ajuda de um centroavante. Optou por jogadores leves como Neymar, Vini Jr, Raphinha e Rodrigo. Além deles, João Pedro, Savinho e Estevão. Todos bons, nenhum centroavante. Quem chega mais perto, pelo físico, é Matheus Cunha.
O treinador poderia/deveria ter chamado Endrick. É forte, rápido e apesar da pouca altura vai bem pelo alto. E também joga pelos lados.
Dorival é conservador e não convoca quem não está jogando. No caso de Endrick, fica à mercê do que faz Ancelotti no Real Madrid. Não deveria ser assim. Treinador de seleção não pode depender do que o treinador de clube faz.
Bruno Henrique pelo meio poderia ser outra opção, mas Dorival optou mesmo pelo futebol bailarino. Pode pagar caro.
Abaixo, a lista completa:
Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Al-Nassr) e Ederson (Manchester City);
Defensores: Danilo (Flamengo), Gabriel Magalhães (Arsenal), Guilherme Arana (Atlético-MG), Léo Ortiz (Flamengo), Marquinhos (PSG), Murillo (Nottingham Forest), Vanderson (Monaco) e Wesley (Flamengo);
Meio-campistas: André (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle), Gerson (Flamengo), Joelinton (Newcastle), Matheus Cunha (Wolverhampton) e Neymar (Santos);
Atacantes: Estêvão (Palmeiras), João Pedro (Brighton), Raphinha (Barcelona), Rodrygo (Real Madrid), Savinho (Manchester City) e Vini Jr (Real Madrid).