Argentina desapega de Messi e Brasil se agarra a Neymar
Scaloni tem trabalhado muito bem e faz da Argentina um time forte, mesmo sem o brilho do gênio. E Dorival sonha com a volta de Neymar
Lionel Messi, o maior jogador dos últimos 30 anos, estará na próxima Copa do Mundo, tentando levar a Argentina à segunda conquista consecutiva.
Mas se algo acontecer e ele ficar de fora, a Argentina terá ainda um time forte coletivamente. Sem o brilhantismo do gênio, claro, mas pronto a desafios e difícil de ser batido.
Foi o que se viu em Montevidéu contra o Uruguai pelas Eliminatórias. Sem Messi, De Paul e Di Maria (que se aposentou), a Argentina foi mais perigosa mesmo com menor posse de bola. E depois do belo gol de Almada os papéis se inverteram: os argentinos trocaram passes e mais passes, impedindo a reação uruguaia.
É um time montado, pronto para receber Messi, a cereja do bolo. Um bolo que funciona também sem a cereja.
Enquanto isso, Dorival Jr lamentou a ausência de Neymar contra a Colômbia. Disse que toda a preparação havia sido feita em função dele, que, contundido, não pôde jogar.
Precisa mesmo fazer toda uma preparação baseada em quem fez apenas sete jogos após ausência de um ano?
O Brasil tem um tridente de respeito, com Raphinha, Vinícius Jr e Rodrigo, que brilham em Madri e Barcelona. Dorival não consegue montar um time com força coletiva, mesmo tendo os três em campo. O que decide são jogadas individuais, como o passe de Raphinha para Vini sofrer o pênalti e depois o chute salvador de Vini.
A Argentina tem um time pronto para receber Messi. E para jogar sem ele. O Brasil espera por Neymar para montar um time.
Estamos atrasados.